Haddad e Boulos repudiam decisão de Bolsonaro de celebrar golpe militar

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BRASÍLIA – Os ex-candidatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) repudiaram a determinação do presidente Jair Bolsonaro de que as Forças Armadas comemorem o dia 31 de março, data do golpe militar de 1964. Segundo eles, a celebração pode estimular a violência, a tortura e valores antidemocráticos. As declarações foram dadas na manhã desta terça-feira, após uma reunião em Brasília.

– Nós repudiamos inteiramente o que foi publicado ontem, do Bolsonaro ter autorizado e estimulado as comemorações sobre o aniversário do golpe militar de 1964. Esse é um sinal que estimula a violência, a tortura e todos os valores que já foram derrotados pela campanha por Diretas Já e pela democracia no Brasil – afirmou Boulos.

 

Haddad e Boulos estiveram na capital federal para um encontro com líderes de oposição ao governo. Também participaram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), Sônia Guajajara, que foi candidata à vice na mesma chapa de Boulos e Ricardo Coutinho (PSB). O grupo divulgará uma nota pública no próximo dia 31 de março em solidariedade às famílias de desaparecidos políticos no período da ditadura militar e condenando a tortura. 

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Na reunião, os cinco participantes também discutiram o fortalecimento de um bloco de oposição ao governo de Jair Bolsonaro e afirmaram que a intenção é ampliar esse bloco. O petista Fernando Haddad disse que o atual governo “envelheceu” e se “distingue para pior” em relação ao governo anterior, de Michel Temer.

– Entendemos que o governo envelheceu muito rapidamente, se assemelhando ao governo anterior, do Temer, e naquilo que ele se distingue ele se distingue para pior. Então nós queremos reproduzir esse tipo de encontro entre nós e mais pessoas para formar uma consciência cada vez mais clara de que nós temos que apresentar uma alternativa para o que está colocado pelo governo Bolsonaro – declarou Fernando Haddad.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, avaliou que o governo estava em “profundo desgaste” e que a crise ecoava na própria base: 

– O cenário é de profundo e rápido desgaste do governo, de modo que isso se colocou objetivamente dentro da própria base. Isso mostra que há um enfraquecimento do governo – analisou Dino.

O grupo ressaltou que não era uma reunião de partidos mas de lideranças do campo da oposição e anunciou que devem soltar uma nota, assinada pelos cinco participantes, ainda nesta terça-feira, com os principais eixos de atuação para se opor à gestão de Bolsonaro.



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