Guedes insiste em R$1 tri com nova Previdência, mas reconhece dificuldade

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Brasília — O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, voltou a insistir que pretende ver a reforma da Previdência aprovada com uma economia de 1 trilhão de reais em 10 anos, mas indicou que têm consciência de que esse valor pode não ser alcançado no texto que vier a ser aprovado no final.

Em um evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico, o ministro chamou de “fake news” as informações de que aceitaria um valor próximo a 800 bilhões. Depois esclareceu: “Dizer que eu quero (800 bilhões de reais) é (fake news), né, porque eu pedi 1 trilhão.”

Ao longo da entrevista a jornalistas e empresários, Guedes admitiu que a reforma aprovada pode não ser a que planejou, mas esclareceu que a proposta é “perfeitamente faseada” e se o texto aprovado não chegar na “potência fiscal” necessária, não se vota agora a capitalização.

“Essa reforma deixa uma porta aberta para o futuro com a capitalização. Se houver a potência fiscal, a porta está aberta. Eu quero 1 trilhão para ter a capacidade de fazer a transição para um novo regime”, defendeu o ministro.

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Mais tarde, no entanto, Guedes admitiu que a reforma pode não ser votada completa. Disse estar tranquilo que vai ser aprovada, mas que pode ser tirada “uma coisa ou outra”. Mas não quis dizer qual seria essa “coisa ou outra” — mesmo admitindo que ele mesmo ficou preocupado com a versão sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) apresentado pelos seus técnicos.

“Tem coisas que a gente coloca para ver a reação mesmo. Mas eu não posso dizer agora qual é a potência desejada porque aí tiro o poder do próprio negociador”, alegou.

Articulação

O ministro negou que pretenda assumir a articulação da reforma no Congresso ou que tenha aptidão para isso.

“Eu não tenho a pretensão de ser coordenador político. Vocês viram meu desempenho lá. Não tenho temperamento para isso”, respondeu, lembrando seus atritos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na semana passada. “Sou animal de combate, não sou a pessoa para fazer essa coordenação.”

Guedes admitiu as dificuldades do governo nessa área. Disse que se usava o “aparelho de Estado” para fazer acomodações políticas e que agora a discussão não é mais no varejo, mas temática, o que torna muito mais difícil a negociação.

“Atribuo tudo isso (as dificuldades) a um choque de acomodação. É difícil para todos nós”, afirmou, lembrando a abertura do presidente Jair Bolsonaro em conversar com presidentes de partidos, na semana passada.

Guedes lembrou ainda que o próprio presidente tinha dificuldades com a reforma da Previdência.

“Não é fácil para o presidente apoiar a reforma. Eu não posso querer que ele entre agora ‘vamos embora, vamos com tudo’. Meu depoimento pessoal é que ele já fez um sacrifício extraordinário”, defendeu.

Outras medidas

Paulo Guedes espera que o BNDES devolva este ano R$ 126 bilhões tomados de empréstimo do Tesouro Nacional durante o governo Dilma. “Vamos despedalar o BNDES”, prometeu. Além desses recursos, o ministro da Economia acredita que também poderá recuperar R$ 80 bilhões emprestados pelo Tesouro ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica com a venda de ativos de dois bancos, e possa obter outros R$ 80 bilhões com privatização de empresas estatais. Os recursos poderão viabilizar eliminação do déficit primário este ano.

Guedes defendeu melhor repartição de recursos arrecadados entre o governo federal e os governos estaduais e prefeituras, inclusive que 70% do pagamento a receber (de cessão onerosa da exploração do pré-sal) da Petrobras seja destinado aos estados e municípios. Rodrigo Maia assinalou que a medida indicada pelo ministro depende de emenda constitucional.

Maia e Guedes ainda defenderam a retomada da reforma tributária. O presidente da Câmara lembrou que a proposta tratada em comissão especial da Casa na legislatura passada e o ministro da Economia disse querer “sinalizar com simplificação [para empresas e contribuintes]. “PIS e Contribuição do lucro líquido em um negócio só. Dar uma enxugada, diminuir e caminhar para redução de alíquotas”.



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