As multas impostas por tribunais russos ao Google, YouTube, Meta, TikTok e Telegram não constam mais no banco de dados de devedores do país, segundo informações de oficiais de justiça da Rússia. Isso sugere que as empresas de tecnologia teriam pago as dívidas, o que pode amenizar um pouco a relação entre elas e o governo de Vladimir Putin.
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Google, Meta, TikTok e Telegram não confirmaram oficialmente o pagamento das dívidas. As informações são da Reuters.
Ainda de acordo com a publicação, no banco de dados da Rússia, no entanto, ainda constam multas ao X (antigo Twitter), no valor de 51 milhões de rublos (ou cerca de US$ 560 mil) e Twitch, 23 milhões de rublos (ou US$ 250 mil).
Relação conflituosa entre a Rússia e as empresas de tecnologia
Nos últimos anos está ocorrendo uma intensa disputa entre as autoridades russas e as grandes empresas de tecnologia. O impasse envolve desde a criação de conteúdo até a divulgação de dados, muitas vezes censurados pelo Kremlin.
A relação entre as partes piorou ainda mais depois da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. Desde então, o governo russo exige que sejam excluídos conteúdos relacionados ao conflito e considerados ilegais pelos russos.
As autoridades russas chegaram a bloquear as operações do X (antigo Twitter) e das plataformas da Meta (Facebook e Instagram) no país.
Histórico
- Em dezembro do ano passado, a justiça da Rússia determinou que o Google pagasse uma multa de 4,6 bilhões de rublos, quantia equivalente a cerca de 50 milhões de dólares, ou aproximadamente R$ 245 milhões.
- Segundo a agência de notícias Tass, a empresa foi punida por não ter excluído supostas informações falsas sobre a guerra na Ucrânia.
- Em maio do mesmo ano, um tribunal russo já havia multado o Google em US$ 38,6 mil, aproximadamente R$ 193 mil, por não excluir vídeos do YouTube que, segundo as autoridades russas, promovem “propaganda LGBT” e “informações falsas” sobre invasão à Ucrânia.
- Já em junho, a Rússia proibiu o acesso de usuários ao Google Notícias, um agregador de notícias que costuma vir pré-instalado em celulares e tablets com Android.
- O bloqueio da plataforma ocorreu após o presidente Vladimir Putin acusar o grupo de mercenários Wagner de “organizar uma rebelião armada”.
- Mais recentemente, em novembro deste ano, a Alphabet foi punida após repetidas recusas da empresa em armazenar dados de usuários russos em servidores dentro do país.
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