Google está contribuindo com grupos que negam mudanças climáticas

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Apesar de insistir em apoiar ações políticas contra a crise climática, o Google está fazendo contribuições significativas a grupos conhecidos por negar que mudanças climáticas realmente existam. Isso vai diretamente contra a legislação que combate os efeitos da ação humana no clima, da era Obama.

Um dos grupos “ajudados” pelo Google é o Instituto de Empresas Competitivas (CEI, sigla em inglês), que possui forte histórico em negar a crise climática. Ele foi fundamental para convencer o governo Trump a abandonar o acordo de Paris, além de ter publicamente criticado a Casa Branca por não desmantelar mais regras ambientais.

O Google afirmou ter ficado decepcionado com a decisão do governo dos EUA de sair do acordo global sobre a mudança climática, mas continuou apoiando o CEI.

Para empresas como o Google, financiar esses grupos não tem nada a ver com o meio ambiente; é uma forma de proteger a pouco conhecida seção 230 do Ato para a Decência nas Comunicações, e isso representa bilhões de dólares para a empresa.

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Essa lei foi aprovada em 1996 e foi a primeira tentativa do Congresso americano de regulamentar o material pornográfico publicado na internet, ainda em seu início. Pelo que determina a seção 230, as empresas têm imunidade legal no caso de comentários feitos por terceiros (elas são consideradas distribuidoras de conteúdo e não, editoras). Isso protegeu Google, Facebook e outros de processos por difamação. Fato é: o Google trabalha em causa própria.

O CEI, sigla em inglês para Instituto de Empresas Competitivas, apoiou o Google contra as alegações de republicanos de que os algoritmos de seu buscador levavam a pesquisas com um viés anticonservador.

Dentro do Congresso americano, já existe um movimento por parte dos replubicanos, que acredita ser hora de revisar as regras. A defesa do CEI veio rápida: o grupo pediu a proteção da seção 230, dizendo que ela havia criado “novas plataformas para o discurso conservador.”

O Google não respondeu ao The Guardian sobre o assunto.

 

Via: The Guardian

 



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