Galaxy Z Fold 5: continua o melhor e mais completo celular dobrável | Review

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Quando a Samsung anunciou ao mundo o Galaxy Z Flip 5, ela também trouxe outro aparelho que sequer apareceu nos convites para imprensa ou mesmo na publicidade espalhada pela internet e também no mundo real: o Galaxy Z Fold 5. O destaque claro para o modelo menor faz sentido por ele ser o único com grandes mudanças, enquanto o maior é apenas um refinamento muito sutil.

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Por fora é impossível distinguir um Galaxy Z Fold 5 da geração anterior, pois tudo está nos mesmos lugares. A tela externa não mudou, o formato da dobradura também não, o conjunto de câmeras segue o mesmo e a única alteração é a lanterna para flash, que agora fica na lateral e não para baixo. Um movimento tão pequeno que você precisa dos dois aparelhos para notar.

Enfim, eu passei as últimas semanas com o Galaxy Z Fold 5 no bolso para te contar como anda o maior e mais caro celular dobrável da Samsung, se ele ainda vale a pena e se o upgrade faz algum sentido. Vem comigo que te conto tudo isso nos próximos parágrafos.

Design

Como comecei este review nos parágrafos acima, saiba que realmente o Galaxy Z Fold 5 é basicamente um Galaxy Z Fold 4.5. Por fora ele muda visualmente apenas o local do flash em lâmpada LED, deixando de seguir o conjunto de câmeras em uma vertical para ir até a lateral do primeiro sensor.

O tamanho das duas telas, o tipo do painel, resolução, atualização e proporção são idênticos ao do modelo anterior, mas no Galaxy Z Fold 5 temos novo vidro protegendo o painel externo. O que mudou mesmo foi a forma como o celular fica dobrado, eliminando por completo o espaço entre cada lado dele neste momento.

Por conta disso, dobrado o Galaxy Z Fold 5 fica mais fino no bolso e ele protege a tela interna com mais afinco, enquanto segue com a certificação IPX8 que garante sobrevivência até em mergulhos por 30 minutos em profundidade de 1,5 metro. No Brasil a Samsung é a única empresa, ao menos em 2023, que tem aparelhos flexíveis e com garantia de sobreviver à chuva, no chuveiro ou mesmo dentro da piscina.

Por dentro a Samsung diz que conseguiu aumentar a quantidade de material reciclado, melhorando a pegada de sustentabilidade do produto e isso vai até para o Galaxy Z Flip 5. Ainda lá temos uma alteração na forma como a dobradiça funciona, permitindo que o aparelho fique firme em qualquer posição, além de diminuir a marca feita na tela.

O Galaxy Z Fold 5 continua com suporte para a S Pen, mas a Samsung não enviou uma para este review. Por conta disso, não podemos avaliar se ela funciona corretamente ou não.

Câmeras

Se por fora tudo segue mais ou menos em uma cópia do Galaxy Z Fold 4, nas câmeras a situação é exatamente a mesma da geração passada. Temos três externas com o sensor principal marcando 50 megapixels, o secundário faz zoom de três vezes com 10 megapixels e o terceiro entrega ultrawide com 12 megapixels.

Se você já tirou foto com algum celular mais potente da Samsung, desde um Galaxy A54 da vida, sabe o que encontrar aqui e não ficará desapontado em momento algum. Durante o dia as imagens com a lente principal mostram grande nível de detalhes ao encolher a resolução para 12,5 megapixels, ao agrupar quatro deles em um só.

Não encontrei aberração cromática e o degradê do céu é muito bem desenhado, o mesmo vale para a quantidade de ruído neste momento que é praticamente zero. As cores continuam com mais saturação do que na realidade, mas se isso te incomoda é fácil corrigir nos ajustes da câmera. Eu adoro mais vivacidade nos verdes, azuis e outros tons.

De noite o modo noturno é pouco utilizado até por conta do processador de imagem da Qualcomm, muito eficiente lidando com situações de baixa luminosidade. Ruído é muito controlado, as cores não ficam perdidas, o tempo de exposição não é muito elevado e se você quiser quase iluminar a noite, basta aumentar estes segundos para praticamente ligar um farol imaginário.

A lente de zoom tem menos resolução e é mais escura, o que não atrapalha em nada durante o dia e o resultado das fotos neste momento é basicamente o mesmo da principal. De noite eu senti que o ruído apareceu muito suavemente, as sombras ficaram mais escuras e isso deixou o contraste mais forte.

Mesmo assim, as cores não se perderam e o modo noturno manual resolveu tudo isso, com a conta pesando em mais segundos segurando a respiração para uma imagem melhor. Se o que você for fotografar não tiver movimento, vale a pena ficar imóvel por um tempinho extra para ter um registro muito melhor.

Já a ultrawide também faz bem seu trabalho de dia, mesmo com detalhes mais perdidos. Cores ainda estão presentes e não sofrem no degradê, mas de noite essa lente tende a ser a que mais precisa do modo noturno manual. Este não é um problema da Samsung, pois todo celular com essa opção para ângulo bem aberto enfrenta o mesmo dilema.

Já as selfies podem e devem ser tiradas com a tela externa como retorno, por garantirem mais opções de ângulo e melhor qualidade final. Se você quiser, tem uma câmera na tela externa com 10 megapixels que é aceitável, mas jamais utilize a interna sob o display para isso. O resultado é bem ruim mesmo de dia e ela serve apenas para chamadas de vídeo, nada mais.

Tela

Nas telas temos literalmente a mesma experiência do Galaxy Z Fold 4 por aqui e isso não é ruim. Eu ainda fico incomodado com o display estreito da parte externa, mas ele permite usar boa parte do aparelho sem desdobrar o conjunto e assim não consumir uma das 400 mil vezes que o aparelho vai sobreviver antes de apresentar falhas.

Cores são bem exibidas com até 120 Hz, com a Samsung dizendo que ela consegue variar este número desde 1 Hz para economizar energia. Nos meus testes, não consegui ver o Android baixando algo para menos de 24 Hz, chegando ao pico de 120 sem problemas.

A tela interna é maior e continua excelente para consumo de mídia, mantendo a mesma atualização e capacidade máxima de brilho. A Samsung diz que a marca do local onde fica a dobradiça está menos visível, mas eu não notei diferença. Para meu olho ela é a mesma do Galaxy Z Fold 4.

Desempenho

O Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy equipa o Galaxy Z Fold 5 e ele é o chip mais potente que a Samsung tem em mãos até outubro de 2023, quando a Qualcomm lança o novo componente. Com isso saiba que é chover no molhado: não existe app ou jogo que faça o conjunto ficar soluçando, incapaz de abrir software instantaneamente.

Tudo vai rodar da melhor forma possível, com pequenas vantagens pelo novo chip como a memória mais veloz e a RAM mais ágil. Se você tem um Galaxy Z Fold 4, não nota o upgrade, mas se vem de gerações anteriores, vai sentir sim o avanço.

Em software temos exatamente a mesma One UI 5.1.1 do Fold 4, abaixo do Android 13. Ela entrega todos os recursos de qualquer celular da Samsung, com extras para os dobráveis como uma interface com atalhos para apps na barra inferior, ou então programas divididos ao meio ao deixar o Galaxy Z Fold 5 como um “L”.

No YouTube, por exemplo, você deixa a janela de reprodução do vídeo em um lado do celular e roda os comentários e descrição do outro, separadamente. Também é possível abrir um touchpad que controla o ponteiro do mouse na outra extremidade. Outra vantagem para dobráveis é rodar mais apps ao mesmo tempo, tirando melhor proveito da grande tela interna – o máximo são três apps simultâneos.

Bateria

O Galaxy Z Fold 5 tem exatamente a mesma bateria do modelo anterior, com 4.400 mAh e gerando os mesmos 25 watts para recarregar tudo isso, ou 15 watts por indução e 5 watts para ele carregar outro aparelho. Mesmo com um chip mais poderoso, eu consegui basicamente a mesma autonomia.

Saiba que se você usar mais a tela externa, vai consumir menos energia. Eu segui assim, abrindo o aparelho poucas vezes apenas para ver vídeos em tela maior e no final do dia cheguei em casa com 30% de energia sobrando no tanque.

No Brasil a Samsung continua enviando carregador na embalagem e ele entrega os 25 watts aceitos pelo dispositivo. Com isso temos o Galaxy Z Fold 5 levando meia hora de tomada para recarregar cerca de 50% da bateria, número pouco animador quando vemos alguns concorrentes muito mais baratos enviando 240 watts, quase 10 vezes mais energia.

Ou então o Galaxy S23 Ultra que custa menos da metade e recebe 45 watts. Já passou da hora da Samsung fazer o Fold permitir a entrada de mais carga, né?

Galaxy Z Fold 5: vale a pena?

Então chegamos na conclusão, que é óbvia ao notar que o Galaxy Z Fold 5 vale a pena se você quiser o melhor e mais potente celular dobrável disponível não só no Brasil, mas no mundo. O problema é que a falta de concorrência faz o celular usado da própria Samsung ser seu maior concorrente.

Neste caso o Galaxy Z Fold 4 é quase idêntico ao novo modelo, faz tudo com muita velocidade, tira as mesmas fotos e com resultado próximo demais que até dificulta um comparativo. Se você quer o melhor celular dobrável do mundo e não tem bala na agulha, compre a geração passada.

Se o dinheiro não é um problema, o Galaxy Z Fold 5 vai te fazer feliz por alguns anos seguidos. Seja pela força bruta que ele tem hoje ou pela excelente política de atualizações do sistema operacional feita pela Samsung, que garante a ele até o Android 17 e cinco anos recebendo correções de segurança.

Galaxy Z Fold 5: ficha técnica

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