França pede que Japão respeite direitos legais de Ghosn

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PARIS E TÓQUIO — O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, disse neste sábado que havia pedido a seu colega japonês que fossem garantidos o direito à protecção consular e a presunção de inocência do ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn,
que voltou a ser preso na última quinta-feira
.  Em uma entrevista a uma estação francesa pouco antes da prisão, Ghosn, de 65 anos, se disse inocente das novas acusações e pediu ao governo francês que intercedesse em seu seu favor.

“Ceramente, abordei o caso de Carlos Ghosn com meu colega Taro Kono”, explicou Le Drian aos jornalistas, depois de uma reunião de chanceleres do Grupo dos Sete (G7). “Eu lhe disse duas coisas: que a França respeita plenamente a soberania e a independência da Justiça japonesa. E também lhe recordei de nosso compromisso de respeitar a presunção de inocência e a plena aplicação da proteção consular”, acrescentou.

Ghosn, que passou 108 dias em detenção provisória e foi libertado sob fiança em 6 de março, foi novamente preso esta semana por novas suspeitas de sonegação fiscal. A segunda detenção do ex-presidente da aliança Renault-Nissan ocorre depois que promotores japoneses o prenderam por suspeita de que ele tentou se enriquecer às custas da Nissan.
Ele estava de pijama ao ser preso
. Ghosn voltou a ser levado para a prisão um dia após
ter anunciado no Twitter uma coletiva de imprensa para 11 de abril
.

Na sexta-feira, o Tribunal Distrital de Tóquio rejeitou um recurso apresentado pelos advogados de Ghosn contra
a detenção do executivo por mais 10 dias
, até o próximo dia 14, para interrogá-lo sobre suas últimas acusações de má conduta financeira.

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Agora, as autoridades japonesas investigam novas suspeitas de que Ghosn transferiu US$ 15 milhões de fundos da Nissan, entre o fim de 2015 e meados de 2018, a um revendedor de veículos da montadora japonesa em Omã. Segundo uma fonte próxima ao caso, parte deste dinheiro — aproximadamente US$ 5 milhões — teria sido desviado para uso pessoal de Ghosn, incluindo a compra de um iate de luxo e investimentos pessoais. Os investigadores afirmam que Ghosn “traiu” sua responsabilidade de não provocar prejuízos a Nissan “em benefício próprio”. Ghosn nega todas as denúncias.

A nova acusação contra Ghosn provavelmente irá prolongar o prazo para seu julgamento, que, segundo Hironaka, deverá começar no fim deste ano. O advogado acrescentou que o fato de não poder ter acesso aos documentos relacionados ao julgamento de Ghosn poderia colocar seu cliente numa desvantagem jurídica.



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