Fintechs de crédito crescem no país e aumentam a concorrência no mercado; conheça algumas opções

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A concorrência no mercado de crédito está ficando mais acirrada com o crescimento das fintechs — startups de tecnologia voltadas para o mercado financeiro, que vêm oferendo acesso a crédito de uma forma mais simples, eficiente e barata. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), em parceria com a consultoria PwC Brasil, com 43 fintechs de crédito no país mostrou que, em 2018, essas empresas receberam mais de 6,4 milhões de pedidos de crédito de pessoas físicas — quase o dobro do ano anterior — e o total de crédito concedido foi de R$ 1,195 bilhão, 49% acima de 2017. Os dados também mostraram que 79% dos clientes dessas empresas são das classes C , D e E , e 7% deles não têm acesso ao sistema bancário tradicional.

— A chave dessa expansão é o consumo de smartphones entre as classes C e D, que permitiu o acesso à tecnologia que está democratizando o crédito. Esse é exatamente o público mais negligenciado pelo sistema por necessitar de valores menores — afirma Rafael Pereira, presidente da ABCD.

O Banco Central (BC), que regula o sistema financeiro, acredita que as fintechs aumentam a eficiência e concorrência no mercado de crédito. O Conselho Monetário Nacional (CMN) criou uma regulação específica para elas operarem, desde abril de 2018: Sociedade de Crédito Direto (SCD), em que a instituição empresta diretamente o dinheiro, ou Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP), em que a empresa faz a intermediação do empréstimo entre pessoas.

O número de empresas dentro dessa regulação só vem aumentando. Segundo o BC, até outubro foram autorizadas 13 instituições, sendo nove SCDs e quatro SEPs. Há ainda 17 pedidos em análise pelo regulador. No entanto, diversas outras fintechs atuam no mercado por meio de outra instituição financeira, como bancos e financeiras.

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Os especialistas acreditam que esta regulação, aliada a cadastro positivo e open banking, e a queda na taxa de juros irão fomentar o mercado das fintechs e diminuir as taxas de juros do crédito.

— Hoje, os cinco maiores bancos têm mais de 80% do mercado de crédito do país. Mas isso tende a mudar. Da mesma forma que o mercado de maquininhas era concentrado e depois da abertura do mercado pelo Banco Central começou uma enorme concorrência, agora é a vez do mercado de crédito — diz Filipe Pires, coordenador do MBA em Finanças do Ibmec/RJ.

A tendência de crescimento é mundial. Segundo dados do bureau de crédito americano Experian, a participação das fintechs no mercado de crédito saltou de 22% em 2015 para 44% em março de 2019. Por aqui, elas detém apenas 1%, por enquanto.

Diversas modalidades

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Escritório da Creditas, focada em crédito com garantia Foto: TULIO_VIDAL

As fintechs atuam com diversas modalidades de crédito, como pessoal, consignado, com e sem garantia. O mais barato do mercado é o com garantia, por diminuir o risco de a instituição não receber. Essa é a especialização da Creditas, que atua com garantia de imóvel — com taxas a partir de 0,99% ao mês — veículo e consignado privado, e foi a primeira a ser regulada como Sociedade de Crédito Direto pelo BC.

— Nos últimos dois anos crescemos 35 vezes o montante de empréstimo, e isso durante essa crise. Esperamos que, com a retomada da economia, o crédito destrave de vez no país. O brasileiro ainda vê o crédito como uma coisa ruim, mas porque não o usa de forma correta — diz Fabio Zveibil, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Creditas.

Já a Lendico atua no empréstimo pessoal sem garantia, com juros a partir de 2,84% ao mês. Segundo a empresa, 45% dos pedidos de empréstimos são de clientes que querem trocar as dívidas de cartão de crédito e cheque especial.

— Cada vez mais as pessoas sentem segurança no ambiente online e buscam soluções mais baratas. Estamos vendo o mercado crescer — diz Mylena Maurutto, vice-presidente da Lendico.

Crédito mais barato

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Escritório do Guiabolso, em São Paulo

As fintechs têm se conectado umas com as outras em uma rede para oferecer soluções completas para os seus usuários. É o caso do Guiabolso, aplicativo de organização de finanças pessoais, que percebeu que os seus usuários estavam contraindo empréstimos caros nos bancos e poderiam ter opções mais baratas no mercado.

Os usuários disponibilizam ao aplicativo os dados da sua movimentação financeira para controlar seus gastos. Com esses dados, a empresa tem acesso a quanto eles gastam com empréstimos e juros,e assim, pode ver se tem opções mais baratas para oferecer.

— Fizemos um levantamento com nossa base de dados e vimos que em 84% das vezes conseguimos oferecer um crédito mais barato do que o que o usuário possui com o seu banco — afirma Júlio Duram, diretor de produto e tecnologia do Guiabolso, que tem como parceiros para oferecer crédito a Creditas, Lendico, entre outras instituições.

Segundo a pesquisa da consultoria PwC Brasil, os juros mensais cobrados pelas fintechs de crédito, em 2018, começavam em 1,09% para as pessoas físicas. Já o prazo de quitação, em metade dos casos informados, foi menor do que 180 meses.

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Entrevista com Rafael Pereira, Presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital

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Rafael Pereira, presidente da ABCD

Como você analisa o potencial de crescimento das fintechs de crédito nos próximos anos?

Aplicativos já mudaram o mercado de transporte de passageiros e agora é a vez da inovação no mercado de crédito. Temos hoje um ambiente muito favorável para isso, com o cadastro positivo já em vigor e open banking começando no ano que vem, mudanças que permitem que as fintechs possam fazer a mesma análise de crédito que os bancos. Além disso, temos agora uma boa regulação do Banco Central, que tem sido muito pró-inovação e de incentivo à concorrência, e também a queda dos juros básicos na economia ao patamar mínimo histórico, o que diminui o custo de captação do crédito. Estamos aumentando a concorrência e ganhando espaço.

A maioria dos clientes dessas empresas hoje é das classes C, D e E. Acredita que o mercado continuará nesse sentido?

Com certeza. Esse público é o mais carente por opções nos bancos, e são a maior parte da população. Um público no qual cada vez mais as fintechs têm focado são os desbancarizados, que são mais de 30 milhões. As pessoas não estão fora do sistema financeiro e de crédito por falta de acesso, e sim pelo custo. A proposta das fintechs em todo mundo é exatamente a redução de custos por meio de tecnologia. Veremos cada vez mais soluções nesse sentido.

Veja que cuidados tomar antes de contrair um empréstimo na internet

Não pague nada antecipado

Pedir crédito é receber dinheiro, não sendo necessário dar nenhum valor em garantia nem mesmo pagar nenhuma tarifa por isso. Se alguma empresa pedir pagamento antecipado, desconfie de golpe.

Pesquise a instituição financeira

Existem muitas empresas sérias no mercado, mas também há criminosos querendo se passar por fintechs. Veja se a empresa é uma das reguladas pelo Banco Central ou se faz parte de alguma grande associação de empresas, como a ABCD.

Faça todo o contato pela plataforma

As empresas operam por meio de aplicativos ou site na internet, onde tudo é registrado. Não faça contato pessoal com ninguém nem se comunique em nenhum canal pessoal.

É normal a empresa pedir vários dados pessoais

As empresas, assim como os bancos, irão precisar de dados pessoais, documentos e conta bancária para fazer a análise de crédito e depois a transferência do valor. Isso tudo faz parte da operação, mas deve acontecer por meio da plataforma.

Verifique se há certificados de segurança no site e faça uma navegação segura

Quem fizer a operação pela internet deve verificar se a empresa tem certificados de segurança, ou mesmo o cadeado do navegar que indica a navegação segura. Assim como em operações em sites de banco, é possível fraudar sites e coletar dados. Vale os mesmo cuidados que se teria com qualquer transação bancária pela internet verificar a autenticidade do site.

Fique atento se há algum indexador financeiro ao juro e qual é

É possível ter juros pós-fixados, variando com algum indicador, o que pode aumentar o valor das parcelas com o tempo. Mas fique atento se é um indicador conhecido.

Veja se o contrato tem cláusulas sobre a venda do crédito

É importante verificar se há cláusulas que protejam o tomador de crédito em caso da empresa ser comprada por outra ou entrar em falência. O novo dono do crédito terá que seguir o contrato firmado com as mesmas condições.





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