Fiesp recebe Mercedes, Louis Vuitton e Nestlé para debater Amazônia

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São Paulo — Um grupo de executivos de grandes multinacionais será recebido nesta segunda-feira pelo presidente da Fiesp,a federação das indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, para falar sobre queimadas e desmatamento.

Estão na lista os comandantes das operações brasileiras de Mercedes-Benz, Louis Vuitton, Casino e Nestlé. O objetivo principal da Fiesp não é alinhar ações em defesa da Amazônia, mas, segundo informa a Folha, mostrar que a crise ambiental está sendo transmitida com sensacionalismo.

Os industriais de São Paulo não estão, claro, do lado do fogo. Mas podem perder a oportunidade de mostrar uma visão moderna de capitalismo e sustentabilidade. Executivos e empresários mundo afora têm sido cada vez mais cobrados para se posicionar sobre temas que vão além do lucro e abarcam também a defesa da sustentabilidade e de questões sociais como diversidade e defesa das minorias.

São pautas que há décadas vinham entrando, pouco a pouco, no radar das grandes empresas — mas o avanço de discursos políticos divisivos fez com que alguns empresários decidissem reafirmar sua posição com mais ênfase.

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Há duas semanas um grupo de 181 presidentes de grandes empresas americanas, entre elas JP Morgan, Amazon e Apple, assinou um manifesto afirmando que o lucro não é o maior propósito das companhias.

As empresas, reunidas numa organização chamada Business Roundtable, afirmam que o compromisso com os consumidores, os empregados, os fornecedores e as comunidades vêm primeiro.

Segundo o grupo, que desde 1997 colocava o lucro como prioridade, “investir nos trabalhadores e comunidades é a única forma de ser bem sucedido no longo prazo”.

No Brasil, dois grandes empresários se manifestaram nas últimas semanas de forma contundente a favor de pautas sociais e ambientais. Pedro Moreira Salles, sócio do Itaú e controlador da mineradora CBMM, afirmou, em evento, que “a solução para desatar o nó da nossa produtividade passa por universidades públicas autônomas e de qualidade, onde as ideias circulam livremente”. O governo, como se sabe, vem sendo criticado por sua postura frente à educação e à ciência.

Em comemoração aos 50 anos da fabricante de cosméticos Natura, na sexta-feira, seus sócios se posicionaram a favor do meio-ambiente, uma das bandeiras da empresa. “Preferia que tivéssemos mais uniformidade numa visão de governo que incluísse no modelo econômico o desenvolvimento social e ambiental”, disse a EXAME Pedro Passos, um dos fundadores da companhia.

Em entrevista ao jornal O Globo neste domingo, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, afirmou que há um retrocesso da democracia no Brasil, com o questionamento de valores, e a defesa de preconceitos que vão “de questões raciais à misoginia e ao obscurantismo”.

Para Fraga, Passos, Moreira Salles e para CEOs de 181 gigantes do capitalismo americano, ruídos em pautas sociais e ambientais afetam os negócios, os investimentos e o desenvolvimento e econômico. É neste contexto que os debates sobre as queimadas na Amazônia deveriam acontecer.

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