Família de DJ morto pela PM denuncia que furadeira que estaria com jovem desapareceu

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RIO — Os policiais militares que participaram de uma operação, na comunidade Santa Maria, na Taquara, na Zona Oeste do Rio, que acabou com a morte de três pessoas, entre elas o DJ João Victor Dias Braga, de 22 anos, tiveram as armas usadas na ação apreendidas, nesta quinta-feira, por agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. O armamento deverá passar por uma perícia.

Também nesta quinta-feira, a dona de casa Carla Dias Braga, de 43 anos,  mãe do DJ , prestou depoimento na especializada. Ela denunciou que uma furadeira , que estaria sendo empunhada pelo rapaz e teria sido confundida com uma arma pelos PMs, simplesmente desapareceu.

De acordo com Carla Braga, também sumiram cerca de R$ 400, uma mochila usada pelo filho, um notebook e um celular, entre outras coisas. Ela afirmou que pretende lutar na Justiça para provar que o filho foi vítima de um assassinato.

— Quero Justiça  e vou lutar até o fim. Isso não vai ficar assim. Meu filho não era bandido e foi morto com dois tiros, um atingiu o pescoço dele e o outro o abdômen. Queremos a furadeira que ele estava levando para ir fazer um bico na casa de um amigo. Tudo que estava com João Victor filho sumiu . Até o tênis que ele usava desapareceu — disse a dona de casa.

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A morte de João Victor e dos outros dois homens foi registrada inicialmente pelo PMs como homicídio decorrente de intervenção policial ( antigo auto de resistência) .

De acordo com a Polícia  Militar, homens do 18º BPM (Jacarepaguá) foram recebidos a tiros, na tarde desta terça-feira, na comunidade Santa Maria. Os PMs reagiram e após os disparos cessarem, três bandidos foram encontrados baleados.

Segundo nota enviada pela PM. com feridos foram encontradas duas pistolas, calibre 40, e uma pistola calibre 38, além de drogas.

A família do DJ nega que a vítima tivesse envolvimento com o tráfico. Segundo os parentes, João Victor, além de ser DJ, também trabalhava com a montagem de andaimes. O corpo do DJ foi sepultado, ontem, Cemitério do Caju, na Zona Norte .

— É revoltante saber que um trabalhador está sendo enterrado por causa de uma confusão da Polícia. Não está certo isso — comenta Tamires Souza,  amiga de infância do DJ.

Segundo Carla Braga, João Victor já teria chegado morto no Hospital Lourenço,na Barra da Tijuca,  para onde foi levado pelos policiais militares do 18º BPM.

— A namorada dele falou pra mim pelo Facebook. Ela ficou sabendo por uma amiga que meu filho havia dado entrada morto  no hospital —  disse a mãe do rapaz.



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