Métricas de vídeo incorretas levaram o Facebook a concordar em pagar cerca de R$ 160 milhões a anunciantes. A empresa forneceu informações erradas aos parceiros por 18 meses, entre 2015 e 2016. Eles, então, passaram a questionar a credibilidade dos relatórios produzidos pela plataforma e a exigir mais garantias da companhia.
Na segunda-feira (7), os termos do acordo foram definidos na corte distrital americana da Califórnia. A ação diz que 1,35 milhão de anunciantes podem ter sido afetados. O erro, divulgado em 2016, é produto da fórmula usada para calcular o tempo que as pessoas passavam vendo vídeos — o que levou os marqueteiros a acreditarem que o conteúdo era mais popular do que efetivamente era.
Segundo o Facebook, a imprecisão afetou apenas material publicado gratuitamente e não atingiu os anúncios pagos. Os reclamantes, entretanto, dizem que os números enganosos os levaram a gastar mais, já que tornaram a opção paga mais atraente.
Depois do ocorrido, as marcas pediram mais responsabilidade das plataformas na verificação desses números. Desde então, Facebook, YouTube e Twitter passaram a auditar as métricas e a consciência sobre a necessidade de consultoria externa cresceu: assim, as empresas não divulgam apenas dados próprios sobre o desempenho das publicações em seus domínios.
Durante o processo, houve alegações de que a plataforma sabia sobre as inconsistências antes do que informou. Além disso, há reclamações de que a média de tempo gasto nos vídeos foi inflada em até 900% em alguns casos.
O Facebook nega as acusações, mas fazer um acordo pode ser mais barato que enfrentar um processo longo. “A ação não é procedente, mas acreditamos que resolver o caso é mais interessante para a empresa e os parceiros”, diz uma nota oficial.
Fonte: AdAge
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