Pouco mais de um ano após o início das obras, a primeira fábrica da montadora chinesa de carros elétricos BYD no Brasil vai começar a produzir este mês. A unidade fica em Camaçari, a 50 km de Salvador, na Bahia, e deve entrar em operação no dia 26. A confirmação foi feita pelo vice-presidente da empresa no país, Alexandre Baldy, durante o evento de lançamento do Song Plus DM-i 2026.
“Quero convidar todos vocês para verem localmente o BYD sendo fabricado aqui no nosso Brasil”, disse Baldy, afirmando que o anúncio representa um momento histórico para a montadora, líder no setor de carros eletrificados.
Construída nas antigas instalações da Ford, a fábrica de Camaçari será a primeira da BYD fora da Ásia a produzir carros de passeio. Segundo a empresa, ela faz parte de um plano maior, que inclui outras duas fábricas na região. Uma delas vai produzir chassis para ônibus elétricos e outra vai processar materiais usados nas baterias, como lítio e ferro-fosfato.
Embora o primeiro carro da linha de montagem ainda não tenha sido confirmado oficialmente, a expectativa é que seja o BYD Dolphin Mini, modelo popular entre os brasileiros. Também pode ser produzido o híbrido BYD Song Pro, que já é o carro elétrico mais vendido no país, com mais de 20 mil unidades comercializadas no ano passado.
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BYD é acusada de uso de mão de obra em condições análogas à escravidão nas obras da fábrica
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a inauguração acontece em meio a denúncias graves envolvendo a construção da fábrica. O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação na Justiça após investigar o uso de mão de obra em condições análogas à escravidão. O caso envolve a BYD e duas empresas contratadas para a obra.
Em dezembro, uma força-tarefa formada por órgãos federais identificou 220 operários chineses nessas condições. Eles trabalhavam para empreiteiras terceirizadas e estavam alojados em locais sem higiene, com vigilância armada e sem acesso ao próprio passaporte. Também enfrentavam jornadas longas e sem descanso.
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Segundo o MPT, os trabalhadores tinham contratos com cláusulas ilegais e entraram no país com vistos que não permitiam o tipo de serviço que estavam fazendo. Inicialmente, foram encontrados 163 operários da empresa Jinjiang. Depois, mais 57 da empresa Tonghe também foram resgatados.
Na ação judicial, o MPT pede que BYD e as terceirizadas paguem R$257 milhões por danos morais coletivos. Também solicita o pagamento de valores extras por trabalhador, com base no tempo em que foram submetidos às condições degradantes.
O Ministério Público ainda cobra que todos os direitos trabalhistas sejam pagos e que as leis brasileiras sejam seguidas. Em caso de descumprimento, pede multa de R$50 mil por infração, multiplicada pelo número de vítimas. A BYD diz colaborar com as investigações e afirma respeitar os direitos humanos.
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