Extrema direita promete se unir para formar novo bloco na União Europeia

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MILÃO — Diferentes partidos nacionalistas e anti-imigração prometeram nesta segunda-feira unir forças para as eleições da
União Europeia
(UE) do mês que vem. Num encontro organizado em Milão pelo vice-premier italiano Matteo Salvini, chefe do partido ultraconservador Liga, os líderes da iniciativa disseram que querem formar um novo bloco no Parlamento Europeu, reunindo forças de três grupos já existentes hoje, a fim de abalar a estrutura atual da UE.

Segundo  Joerg Meuthen, líder do eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD), há pelo menos dez partidos envolvidos na iniciativa. Entre eles, há o Finns, da Finlândia, e o Partido Popular Dinamarquês. O plano é que o nome do futuro bloco seja Aliança Europeia para Povos e Nações.

— Queremos reformar a União Europeia e o Parlamento Europeu, sem destruí-los. Queremos trazer mudança radical — disse ele.

A movimentação parece demonstrar que o clima é de confiança entre partidos nacionalistas. O seu objetivo é conseguir, pela primeira vez nas seis décadas de existência da UE, assentos suficientes no Parlamento para ter voz de peso nas decisões do bloco. Salvini, considerado o líder de fato do governo italiano, vem sendo a força motriz na tentativa de persuadir seus semelhantes a abandonarem divisões anteriores até as eleições de 23 de maio.

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— Se tivermos sucesso na nossa iniciativa que lançamos hoje, será uma conquista histórica — disse Anders Vistisen, eurodeputado do Partido Popular Dinamarquês.

Não está claro, entretanto, se algumas das maiores forças conservadoras da Europa estariam dispostas a se unir à sua articulação: os partidos Lei e Justiça (PiS), da Polônia, e o Fidesz, do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

A líder do ultraconservador francês Reunião Nacional, Marine Le Pen,
também não compareceu ao encontro em Milão
. Segundo Salvini, entretanto, o partido está dentro da sua iniciativa. Há outro encontro previsto na cidade italiana para 18 de maio.

— Nós propomos uma nova Europa porque nunca governamos em Bruxelas — Nosso objetivo é sermos decisivos, nomear novos comissários numa nova Comissão (Europeia, o órgão que supervisiona a tomada de decisões na UE). 

A miríade de partidos soberanos da Europa compartilha os objetivos gerais de dar mais poder aos Estados-membros da UE e restringir ainda mais a imigração. Entretanto,  têm em geral políticas econômicas e sociais muito diferentes, o que dificultaria a criação de um grupo coerente dentro do Parlamento Europeu.

A AfD já criticou, por exemplo, os altos gastos do plano orçamentário do governo de Salvini na Itália. Outros grupos nacionalistas do norte da Europa têm sido altamente críticos em relação ao que consideram como desperdício fiscal do sul do continente.

—  Está claro que nossos partdos têm abordagens diferentes, mas isso não importa agora. O importante é que precisamos proteger a Europa — disse Olli Kotro, representante do Finns.



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