Washington – O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden afirmou neste domingo (31), que acredita que nunca agiu inadequadamente, após alegações de uma ativista de que ele a fez se sentir desconfortável ao beijá-la em um evento de campanha em 2014.
“Em meus muitos anos de campanha e de vida pública ofereci incontáveis apertos de mão, abraços, expressões de afeto, apoio e conforto. Em nenhuma vez – nenhuma – eu acredito que agi inadequadamente. Se for sugerido que o fiz, ouvirei com respeito. Mas nunca foi minha intenção”, disse Biden.
Biden afirmou que não se lembra do incidente de 2014.
A alegação foi feita em artigo para a seção “The Cut“, da “New York Magazine“, escrito por Lucy Flores, ex-deputada estadual por Nevada e indicada pelo Partido Democrata em 2014 para a candidatura a vice-governadora do Estado.
No artigo publicado na sexta-feira, Flores escreveu que ela e Biden estavam esperando para subir ao palco durante comício em Las Vegas antes da eleição de 2014. “Eu senti duas mãos nos meus ombros. Congelei. ‘Por que o vice-presidente dos Estados Unidos está me tocando?’”, escreveu Flores. “Ele começou a dar um grande beijo na parte de trás da minha cabeça”.
Em seu comunicado, Biden acrescentou: “Eu posso não lembrar desses momentos da mesma maneira, e posso ficar surpreso com o que ouço. Mas chegamos a um momento importante no qual mulheres sentem que podem e devem relatar suas experiências, e homens têm que prestar atenção. E eu o farei”.
Falando no programa “State of the Union”, da CNN, Flores disse que estava satisfeita que Biden estava disposto a ouvir, mas exigiu que o ex-vice-presidente também reconhecesse que seu comportamento foi errado. “Se ele está dizendo que nunca considerou que foi inadequado, então, francamente, acho que é um pouco de desconexão”, disse.
“Eu quero que ele mude seu comportamento. Quero que ele reconheça que foi errado.”
Biden serviu oito anos como vice-presidente de Barack Obama e 36 anos no Senado dos Estados Unidos. Ele ainda não anunciou se disputará a eleição para presidente em 2020, mas a expectativa é que ele entre no ringue em breve.
As alegações podem levantar questões se o ex-vice-presidente ainda deve concorrer, embora alguns democratas tenham defendido Biden neste domingo.
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