Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai depor em uma audiência pública no Congresso, onde planeja expor porque decidiu não mais defender as ações de seu ex-chefe, disse o advogado de Cohen nesta quarta-feira.
Além de comparecer publicamente perante a Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados, Cohen também vai depor às comissões de inteligência do Senado e da Câmara em sessões fechadas, confirmou à Reuters o advogado Lanny Davis.
Todas as três aparições acontecerão antes de Cohen começar a cumprir sua condenação em 6 de março, disse Davis. Cohen foi sentenciado em dezembro a três anos de prisão por crimes que incluem a organização de pagamentos a mulheres que afirmavam terem tido casos com Trump, em violação a leis de campanha antes da eleição de 2016.
O anúncio abre caminho para o que deve ser um dos depoimentos ao Congresso de maior destaque da história dos EUA, embora Cohen não fale sobre questões ligadas às investigações sobre a Rússia do procurador especial Robert Mueller ou sobre uma investigação em andamento conduzida por procuradores federais em Nova York, disse Davis.
“O sr. Cohen apenas falará sobre experiências pessoais e casos de seus 10 anos trabalhando para o sr. Trump”, disse Davis, acrescentando que seu cliente dirá porque “não pode mais defender” Trump e o vê como uma ameaça para o país.
Davis não forneceu uma data para as aparições na Comissão de Fiscalização da Câmara e de Inteligência do Senado. Seu depoimento perante a comissão de inteligência da Câmara está marcado para 28 de fevereiro.