Estados Unidos podem falhar na nova corrida do chip; entenda os motivos

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Chips fazem parte da vida moderna. Você encontra esses pequenos componentes no sistema Bluetooth do celular, em eletrodomésticos inteligentes e até em carros – em 2021, um carro médio tinha cerca de 1,2 mil chips, no valor de US$ 600, representando o dobro de 2010.

Por isso, quando a pandemia do novo coronavírus trouxe consigo uma crise na cadeia de suprimentos, ficou evidente a importância que os chips têm em nossas vidas. Estima-se que apenas as montadoras tenham perdido US$ 210 bilhões em vendas no ano passado devido à falta de chips, de acordo com a consultoria AlixPartners.

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Além disso, as estremecidas relações entre China e Estados Unidos alimentaram um temor de que o país asiático pudesse dominar os principais setores de chips, para uso civil ou militar, e até mesmo bloquear o acesso a esses componentes.

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À medida que o petróleo se tornou um pilar das economias industriais nos anos 1900, os EUA se tornaram um dos maiores produtores mundiais. Agora, investir na indústria de chips determinará a vantagem política, tecnológica e militar.

“A localização das reservas de petróleo definiu a geopolítica nas últimas cinco décadas (…) Onde as fábricas de chips estarão nas próximas cinco décadas é mais importante.”

Pat Gelsinger, presidente-executivo da Intel, em uma conferência do Wall Street Journal em outubro.

Lei de Chips e Ciência

Nos Estados Unidos, o impacto pela falta de chips fez o presidente, Joe Biden, aprovar a Lei de Chips e Ciência, que direciona US$ 52 bilhões em subsídios para semicondutores fabricação e pesquisa.

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Estados Unidos quer voltar a ser uma potência na produção de chips. Imagem: Stas Knop/Shutterstock

“Estamos falando em tornar os EUA um líder global em produção de ponta e criar uma dinâmica autossustentável daqui para frente. Não há dúvida de que é um conjunto de objetivos muito ambicioso”, explicou Mike Schmidt, chefe do escritório do Departamento de Comércio que supervisiona a implementação da lei.

As diretrizes sobre como os subsídios à fabricação de chips serão concedidos será anunciada pelo departamento apenas em fevereiro de 2023. Ainda assim, a Intel já deu início a um projeto de US$ 20 bilhões em Ohio logo após a aprovação da lei, em agosto.

Por que os Estados Unidos podem falhar?

Os norte-americanos enfrentam alguns desafios para que a lei seja um sucesso. O primeiro desafio é a concentração da indústria, já que, atualmente, a produção de chips está concentrada em três locais: China, Taiwan e Coreia do Sul.

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Nos Estados Unidos, a fabricação global de chips diminuiu de 37% em 1990 para 12% em 2020. Imagem: William Potter/Shutterstock

Em números, a participação dos Estados Unidos na fabricação global de chips diminuiu de 37% em 1990 para 12% em 2020. Enquanto isso, a participação da China continental passou de cerca de zero para cerca de 15%, de acordo com o Boston Consulting Group e a SIA. Taiwan e Coreia do Sul responderam por pouco mais de 20%.

Outro desafio diz respeito a desenvolver uma oferta de talentos dentro dos Estados Unidos, já que o alto custo e a escassez de mão de obra qualificada dificultam a restauração do setor.

Um terceiro desafio está relacionado com a economia de escala e à impossibilidade de os estadunidenses produzirem tudo sozinhos. Afinal, os semicondutores vêm em uma variedade desconcertante de tipos, capacidades e custos e dependem de uma cadeia de suprimentos multicamadas que abrange milhares de insumos e vários países.

Entre os insumos de países estrangeiros, estão o gás neon purificado (usado em determinados lasers) e o tungstênio (usado para construir parte de transistores em chips).

Há ainda a dificuldade de as empresas investirem na produção de chips nos Estados Unidos, pois é muito mais barato e prático seguir a produção nos países asiáticos.

Além disso, é preciso que clientes de chips, como a Apple, comprem a produção dessas fábricas locais. “Precisaremos que grandes clientes se comprometam a comprar [a produção das fábricas], o que ajudará a reduzir os riscos dos negócios e mostrará que há mercado para esses chips”, disse Gina Raimondo, secretária do Comércio.

Com informações do Wall Street Journal.

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