Estação espacial lunar Gateway pode ter base direta ou orbital

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20200330065608_860_645_-_nasa_gateway Estação espacial lunar Gateway pode ter base direta ou orbital

A missão Artemis, da Nasa, pretende enviar astronautas à superfície da Lua até 2024. Para isso, a instituição trabalha há cinco anos no projeto Lunar Gateway, uma estação espacial na órbita do astro, envolvendo desde empresas privadas até diversas agências espaciais do mundo.

De acordo com Dan Hartman, diretor do programa Gateway no Centro Espacial de Houston da Nasa, no Texas, a Gateway cumpre um papel fundamental ao possibilitar que a duração de missões lunares seja estendida de 30 para pelo menos 60 dias. Em entrevista ao ArsTechnica, ele também comentou sobre o desenvolvimento do projeto, a escolha da SpaceX para o serviço de abastecimento da estação e falou sobre o futuro da iniciativa.

Ainda durante a ocasião, ele afirmou que será possível avaliar de forma mais abrangente os aspectos da vivência humana no espaço, e esta pode ser uma primeira etapa não só para a exploração da Lua, mas também de outros planetas, como Marte.

“Quanto mais duração as missões tiverem, com certeza isso vai ajudar a nós avaliarmos os riscos dos ambientes extremos a que vamos submeter nossa tripulação. Nós precisamos entender como operar no espaço profundo”, afirmou o diretor.

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Desafios

Os caminhos para a Nasa, no entanto, são desafiadores. Segundo Hartman, a agência espacial ainda trabalha em dois componentes fundamentais da missão: o Elemento Propulsor de Energia (PPE) e o Posto de Habitação e Logística (HALO).

O primeiro trata-se de um propulsor que será responsável por mover estruturas na órbita da lua, como o sistema de aterrissagem humano. Além disso, o PPE também deve abrigar centros de comando e comunicações da Gateway. A responsável por construir o equipamento é a empresa de tecnologia Maxar, que assinou um contrato de US$ 375 milhões com a Nasa, no ano passado.

Já o HALO será construído pela Northrop Grumman Innovation Systems. A estrutura será a futura habitação dos astronautas, onde eles devem viver e trabalhar enquanto estão ligados a Gateway, bem como uma base de suporte para que os astronautas embarquem em expedições para a superfície da lua.

Além disso, está prevista a criação de um módulo internacional de habitação (iHAB), que será lançado junto a HALO com o objetivo de ampliar a capacidade de residência na estação. O projeto é desenvolvido em parceria com a Agência Espacial Europeia e a JAXA (Agência Espacial Japonesa) e recebe o apoio também da CSA (Agência Espacial Canadense).

De acordo com Hartman, os três projetos estão avançando rapidamente. A expectativa é conduzir testes preliminares já ao final de 2020. A chegada do HALO e do PPE à órbita lunar, no entanto, deve acontecer somente na metade de 2024.

Logística

Contudo, além de pensar no desenvolvimento dos componentes essenciais, Hartman destaca que Nasa já discute como abastecer a Lunar Gateway.

Nesse sentido, a agência espacial americana escolheu a SpaceX, do bilionário Elon Musk, para realizar o reabastecimento da estação. As operações, segundo o diretor, serão realizadas com uma nova versão da cápsula Dragon XL, lançadas ao espaço em foguetes Falcon Heavy.

Para Hartman, a experiência da companhia com o serviço de reabastecimento comercial (CRS) da Estação Espacial Internacional foi crucial para a escolha. “Se você observar as primeiras duas ou três missões da SpaceX e comparar com a vigésima missão que temos agora, as capacidade de entrega da Dragon foi aprimorada significativamente”, disse Hartman.

De acordo com o representante da Nasa, o sistema da companhia de Musk também é um atrativo, uma vez que possui um sistemas de acoplagem e ancoragem automatizados, o que facilitaria a condução e o sucesso de missões remotas.

Incerteza

Apesar dos avanços, a Lunar Gateway paira sobre uma grande dúvida. Recentemente, o chefe executivo de missões espaciais da Nasa, Doug Loverro, sugeriu que a agência pode optar por uma base diretamente instalada no solo lunar.

Dessa forma, haveria duas estações: a Gateway na órbita da Lua e uma segunda estrutura na superfície. O problema dessa decisão é que ela pode impactar diretamente o cronograma do projeto, uma vez que componentes importantes podem perder o propósito para que foram pensados.

A determinação final deve sair somente em abril. “Nós analisamos uma série de opções para reduzir os riscos para a Gateway e confirmar a garantia da missão”. De acordo com ele, muitas das ideias ainda estão em uma fase de “negociação”.

Fonte: Arstechnica



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