Em duas escolas municipais de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o desafio de concluir bem o ano letivo se tornou quase uma espécie de sinônimo de teste de sobrevivência. Na escola municipal Cidade dos Meninos (que ostenta o antigo nome de Pilar), no bairro do Pilar, e na Escola Municipal Carmem Corrêa, em Imbariê, cerca de 800 estudantes que cursam o ensino fundamental ficam com um olho nas aulas e o outro no teto dos dois colégios. É que eles estudam em prédios com rachaduras, infiltrações, goteiras e até com queda de pequenos pedaços de rebocos.
Na Cidade dos Meninos, construída há três anos e meio e apresenta rachaduras na fachada externa, o perigo assusta aos pais de alunos.
— Tenho dois filhos estudando aqui. Um deles é hemofílico e não pode, de jeito nenhum, se machucar. Fico com medo de que ele escorregue ou que um acidente aconteça. Soube que um reboco já caiu no corredor. O que salva meu filho é a proteção de Deus e os funcionários da escola que são maravilhosos e tem realmente o maior cuidado com ele — afirma Edilaine de Araújo, de 35 anos.
No prédio de dois andares, há ainda janelas quebradas, goteiras no telhado e o afundamento do piso da quadra, que ontem apresentava alagamentos. A situação na Escola Carmem Correia, que tem três andares, também não é animadora. Por conta das rachaduras e infiltrações, salas do terceiro piso foram desativadas e servem como depósito de carteiras danificadas. O péssimo estado de conservação provocou, ontem, a queda de um pedaço de reboco na sala dos professores, que fica localizada no segundo pavimento.
— Hoje (ontem) mesmo, um professor fez trabalhos com alunos que iriam ser expostos. Levou os trabalhos para guardar na sala dos professores. Só que um pedaço de reboco caiu e destruiu tudo que ele e os alunos haviam produzido — diz a professora de História Lucimar Felisberto , de 52 anos.
Jorge Antonio de Souza, professor de Matemática, também já sofreu com a queda de rebocos no colégio.
— Os problemas estruturais da escola são bem sérios. Eu mesmo já fui atingido por um pequeno pedaço que despencou do teto. Felizmente, não me machuquei — diz.
Segundo professores, alunos e pais, a Carmem Corrêa não dispõe de ar-condicionado nas salas de aula. Há ainda ventiladores quebrados, banheiro masculino com entupimento e goteiras em algumas salas.
— Minha filha de 14 anos reclama que, quando chove, existe o risco de pedaços de reboco despencarem do teto. Tudo o que eu queria é que a situação fosse resolvida — diz Denise Viana, de 40 anos.
Segundo o Sindicato dos Professores de Caxias (Sepe) há ainda pelo menos outras duas escolas e duas creches na cidade que apresentam problemas de infraestruturas.
A Prefeitura de Caxias informou que enviará técnicos às escolas para avaliar a situação dos prédios. A Secretaria de Obras disse que está atuando no reparo do telhado da Carmem Corrêa .
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