Em parceria com a Microsoft, artista exibe esculturas “inteligentes” que leem sentimentos do espectador

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O conceito de movimento é característica presente na obra da artista plástica Katia Wille. Dessa vez, ainda mais. Em parceria com a Microsoft, ela apresenta a exposição “Das tripas coração”, que a Galeria do Lago, no Museu da República, inaugura neste sábado, a partir das 14h, com curadoria de Isabel Sanson Portella. A novidade está nas “esculturas cognitivas”, como a própria artista define: obras que interagem com o espectador, cada uma ao seu modo.

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A ideia surgiu a partir de uma pesquisa de Katia Wille que resultou na criação de um material sustentável para a concepção dos trabalhos, o eco látex, uma mistura de látex líquido, reciclado com tecidos e outros materiais. Suspensas pelo teto ou fixadas nas paredes, três esculturas dotadas de inteligência artifical vão dialogar com o público.

 

– O eco látex é um material flexível, poroso e vulnerável. E eu quis explorar o conceito de vulnerabilidade nas obras. A primeira, “Tota Machina Vortex”, vai perceber o espectador antes mesmo que ele a perceba. Ela tem uma câmera que vai identificar o espectador e vai acompanhar seus movimentos. A segunda, “Tota Machina Pulse”, tem um pistão interno que simula um batimento cardíaco. E ela capta o sentimento do público: se você sorri diante dela, ela estufa. Se faz uma cara de espanto, por exemplo, ela murcha. Por último, a “Tota Machina Ressonância”, vai falar com as pessoas, fazendo perguntas sobre a própria exposição. Ao longo da mostra, ela vai aprender perguntas novas – explica Katia Wille.

Além das esculturas, 10 painéis de acrílica sobre tecido reflexivo, de grandes dimensões, completam a exposição que, segundo a artista, lança foco sobre as relações pessoais e sobre a necessidade de se fazer visto no mundo contemporâneo.

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Figuras femininas em um dos dez painéis produzidos pela artista para a mostra Foto: Divulgação

– E de como isso legitima a existência – completa Wille. – Quero investigar a relação entre arte, inteligência artificial e robótica. É interessante, pois as obras criam uma cumplicidade com o espectador, elas agem para ele. Quero criar uma discussão, existe muita desinformação sobre inteligência artificial. A ideia é desmitificar o conceito de que arte e robótica não se misturam. Nos museus, por exemplo, o público se sente excluído, pois não é visto. Queremos que as pessoas se sintam parte das obras – conta a artista.

Galeria do Lago:
Museu da República. Rua do Catete 153, Catete — 2127-0334. Ter a sex, das 10h ao meio dia e das 13h às 17h. Até 31 de maio. Sáb, dom e feriados, das 11h às 18h. Grátis.





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