Em meio à pandemia, procura por empréstimo pessoal sobe 113%

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Durante a pandemia de Covid-19, um dos grandes nós a se resolver foi a dificuldade de fazer o crédito chegar a quem mais precisa. Preocupados com inadimplência, os bancos lançaram mão de medidas para renegociar empréstimos e financiamentos, aumentaram suas provisões pelo risco de calote e focaram muito em crédito para empresas, muitas na iminência de fechar as portas caso não conseguissem dinheiro para tocar os negócios durante a fase mais aguda da crise. Apesar isso, a procura pelo crédito para pessoa física também cresceu. Segundo a Sim, fintech de empréstimo pessoal do Santander Brasil, houve aumento de 113% do volume de propostas de crédito no segundo trimestre de 2020 em comparação com os primeiros três meses do ano.

Segundo a Serasa Experian, a procura dos brasileiros por crédito acelerou em maio e junho após três quedas consecutivas entre o início e a fase mais aguda da pandemia no Brasil (fevereiro, março e abril). E a procura por crédito segue crescendo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira, 20, em julho, cerca de 4 milhões de domicílios brasileiros, quase 6% das casas do país, solicitaram empréstimo. Destes, 3,3 milhões afirmam ter tido as solicitações. Mas, 762 mil afirmam que não tiveram o empréstimo aprovado. Nesse grupo, a grande maioria é de baixa renda, que recebe menos que um salário mínimo e tem poucas garantias ou histórico de crédito. A maior fonte de empréstimos foram os bancos e outras instituições financeiras (75,7%). Em 23,6% domicílios algum morador conseguiu empréstimo com amigos ou parentes. Os dados são da Pnad Covid.

No caso das instituições financeiras, os produtos em destaque foram aqueles que exigem algum tipo de garantia, como veículo ou imóvel. No caso da Sim, o crédito com garantia de veículo teve aumento de 288% no volume total de propostas. “Na nossa avaliação, o mercado brasileiro tem evoluído fortemente no sentido do crédito sustentável, com vantagens e menores riscos, tanto para quem toma, quanto para quem concede”, afirma Vinícius Aloe, CEO da Sim. Apesar do foco em pessoa física, houve também procura de micro e pequenos empreendedores pela linha.

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O mercado de crédito com garantia fez com que a Caixa Econômica Federal relançasse crédito para pessoa física com imóvel em garantia — linha conhecida como home equity. Nesta linha, o prazo de pagamento será de até 15 anos, com valor máximo de financiamento de até 60% do valor do bem e o cliente pode optar pelos juros atrelados à TR, à inflação ou a uma taxa fixa. Por causa da crise e a dificuldade em conseguir empréstimos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou uma medida que permite que um imóvel financiado possa ser usado como garantia de um novo empréstimo com o mesmo banco do financiamento inicial. Porém, até o momento, as instituições ainda não oferecem a possibilidade. 

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Também buscando segurança nos empréstimos, os bancos passaram a oferecer uma linha de crédito usando o saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Caixa e Banco do Brasil já operam a linha, enquanto os bancos privados ainda estudam o lançamento do produto. O crédito com garantia é uma modalidade muito utilizada principalmente no crédito consignado para aposentados e pensionistas, já que há garantia do pagamento e, por isso, uma facilidade maior da concessão.



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