‘Ele está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas’, diz Bolsonaro sobre Lula

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BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou no início da tarde que não vai dar espaço e nem contemporizar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “presidiário”. Lula foi solto na tarde de sexta-feira, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reverteu o entendimento da Corte sobre a prisão após condenação em segunda instância. Bolsonaro, que só havia se manifestado sobre a libertação do oponente político pelas redes sociais, na manhã deste sábado, sem citá-lo diretamente, falou ainda que o petista “continua com todos os crimes dele nas costas”.

— A grande maioria do povo brasileiro é honesto, trabalhador, e nós não vamos dar espaço nem contemporizar com um presidiário. Ele está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas — declarou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada.

Depois de cumprimentar cerca de 20 apoiadores, o presidente disse que estava se dirigindo para um churrasco no Clube dos Sargentos do Exército, em Brasília. Questionado se participaria de manifestação do movimento “Vem pra Rua”, marcada para as 16h na frente do Congresso Nacional, ele disse que iria assistir a jogos do Campeonato Brasileiro a partir das 17h, entre Goiás e Santos, e às 19h, entre Palmeiras e Corinthians.

Ao deixar o Palácio do Planalto no início da tarde deste sábado, Bolsonaro confirmou que falava de Lula na postagem. Ao ser questionado sobre o tema por jornalistas, o presidente informou que já havia publicado um comentário em suas redes sociais e que talvez fizesse outro mais tarde.

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No Twitter, Bolsonaro elogia o trabalho do ministro da Justiça, Sergio Moro, e, sem citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu: ‘Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”.

“Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, escreveu o presidente no Twitter.

No vídeo compartilhado em seu perfil, o presidente diz que deve parte de sua eleição ao ministro da Justiça.

“Ele não poderia se aproximar de políticos, não poderia ter um partido, como não teve e não tinha. Ele estava cumprindo a sua missão. Se essa missão dele não fosse bem cumprida, eu também não estaria aqui. Então, parte do que acontece na política do Brasil devemos ao Sérgio Moro. Se for comparara uma corrente, o elo mais forte dessa corrente”, diz.

Após a publicação do presidente, Moro também foi às redes sociais. Ele lamenta o entedimento do Supremo de rever a prisão de condenados em segunda instância, mas diz que a decisão deve ser respeitada.

“Lutar pela Justiça e pela segurança pública não é tarefa fácil. Previsíveis vitórias e revezes. Preferimos a primeira e lamentamos a segunda, mas nunca desistiremos. A decisão do STF deve ser respeitada, mas pode ser alterada, como o próprio Min. Toffoli, reconheceu, pelo Congresso”.

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