Empresas que nasceram no comércio digital estão voltando cada vez mais seus olhos para o mundo físico. Líder absoluta do comércio eletrônico mundial, a Amazon tem mais de 100 lojas nos Estados Unidos. Sua concorrente chinesa, a Alibaba, quer ir pelo mesmo caminho.
A companhia de comércio eletrônico AliExpress, uma das empresas do grupo Alibaba, tirou do papel sua primeira loja física na Europa e a primeira fora da China. Uma loja modelo de 740 metros quadrados foi inaugurada na semana passada em Madrid, na Espanha, com mais de 1.000 produtos de mais de 60 marcas.
A loja, contudo, não tem estoque próprio, e serve apenas para que os clientes possam experimentar as mercadorias — algo que é importante em alguns segmentos que a AliExpress atua, como roupas e sapatos. No fim, as compras ainda tem de ser feitas online e serão entregues na casa dos clientes.
O objetivo da loja, assim, não é aumentar a presença física da AliExpress e ajudar na logística, mas divulgar a marca entre os clientes espanhóis e europeus como um todo. A Espanha é o maior mercado da Alibaba na Europa e o quarto maior no mundo, atrás de China, Estados Unidos e Rússia.
O modelo de loja para testes com pouco ou nenhum estoque é parecido com o que fazem, no Brasil, redes como a varejista de roupas Amaro e a varejista de móveis Mobly (que abriu sua primeira loja física neste ano).
A Alibaba já tem na China outros empreendimentos físicos, como o supermercado modelo Hema, onde o cliente pode comprar tanto online quanto offline. O estoque do supermercado também pode ser entregue, nos moldes de aplicativos de delivery, para clientes que vivam a três quilômetros.
Maior varejista da China e uma das maiores do mundo, a Alibaba está em um processo de difundir o negócio para fora da China. A empresa divulgou em agosto os resultados do segundo trimestre de 2019 (seu primeiro trimestre do ano fiscal), com alta de 42% no faturamento (de 16,3 bilhões de dólares, 1 bilhão acima das expectativas). O número de usuários ativos mensais fechou junho em 755 milhões, mais de 30 milhões a mais do que em março.
A AliExpress só fica atrás da Amazon entre os compradores internacionais, isto é, pessoas que importam produtos de outros países (os chamados cross-border buyers). A companhia chinesa foi a escolha de 16% dos compradores internacionais, ou 150 milhões de pessoas, atrás de 23% da americana Amazon e à frente de 14% da também americana eBay.
A empresa também é favorecida nas entregas internacionais por sua política de oferecer frete grátis para mais de 70% dos produtos.
Por ora, a Alibaba não comentou planos de lançar novas lojas físicas da AliExpress em outros lugares além da Espanha. Contudo, analistas apontam que é questão de tempo até que a empresa fortaleça suas operações fora da China, e as lojas físicas devem ser um passo fundamental para dar credibilidade à marca.
Se de fato passar a expandir sua cadeia de lojas físicas no exterior, a AliExpress pode também passar a usá-las como centro logístico avançado, com os produtos saindo direto do estoque da loja para a casa do cliente e possibilitando uma entrega mais rápida. A estratégia já vem sendo usada pela Amazon com suas lojas nos Estados Unidos e por diversas varejistas pelo mundo — incluindo brasileiras como Magazine Luiza e B2W.
O futuro do comércio eletrônico, ao que parece, está cada vez mais nas lojas físicas — ainda que não da forma como as conhecemos.
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