Dois homens morrem após acidente de moto no Aterro do Flamengo

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Dois homens morreram na madrugada deste domingo após um acidente de moto no Aterro do Flamengo. Eles estavam no sentido Centro, quando o piloto perdeu o controle do veículo na curva em frente ao clube da Aeronáutica e se chocou contra um relógio de rua. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma das vítimas foi identificada como Francisco Silva, de 27 anos.

Neste fim de semana as pistas do Aterro estão sendo fechadas das 23h às 6h ao trânsito por causa de obras de conservação do asfalto. Nesta madrugada, porém, o trânsito foi liberado por volta das 1h 30 da manhã, uma hora antes do acidente. Segundo testemunhas que estavam no local, a moto estava sozinha na pista e não aparentava estar em alta velocidade. Eles estariam voltando de uma partida de futebol. Na mochila de uma deles chuteiras foram encontradas pelos policiais militares.
— Essa pista está muito escorregadia. Ele não conseguiu fazer a curva, derrapou e quando a moto subiu o meio fio eles acabaram se chocando no relógio. Os dois estavam de capacete — afirmou o taxista Alexandre da Silva.
Na manhã deste domingo, durante 30 minutos a reportagem do GLOBO flagrou cinco motoristas com dificuldades de conduzirem os veículos, mesmo aparentando estar em velocidade abaixo do limite da via.

O caso foi registrado na 5ªDP (Mem de Sá).

Dúvidas são levantadas por especialistas sobre a qualidade do material utilizado no programa Pavimenta Rio, da prefeitura

Anunciado em outubro pela prefeitura, o Pavimenta Rio, programa de recuperação de vias públicas que prevê investimentos de R$ 100 milhões até a véspera da eleição do ano que vem, já tem seus deslizes. Nesta segunda-feira, dois ônibus bateram no Aterro do Flamengo, uma das primeiras áreas a receber asfalto novo. O acidente, que deixou seis pessoas levemente feridas, não teria maiores consequências se o Consórcio Intersul, responsável por um dos veículos, não tivesse alertado, em nota, que a colisão foi a oitava naquele trecho desde a colocação nova tinta.

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Na avaliação de especialistas, a prefeitura pode ter falhado na composição da massa asfáltica utilizada na via. O suposto uso de uma quantidade inferior à dosagem ideal de brita teria aumentado o risco de derrapagens. Isso porque a brita é um material granulado que aumenta o atrito e a aderência do veículo à pista. O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, destacou que o problema pode se tornar ainda mais grave em locais com características peculiares, como o Aterro do Flamengo.

— Geralmente, quando se projeta curvas em uma via, o traçado externo é mais elevado. Isso confere uma boa aderência aos veículos. No Aterro, as pistas não foram projetadas assim. Por isso, é preciso um asfalto com uma concentração maior de material granulado— explicou Celestino, acrescentando que uma eventual falha pode ser corrigida sem a necessidade de remoção completa do asfalto aplicado.

O coordenador dos cursos de engenharia da Universidade Veiga de Almeida, Júlio Cesar da Silva concordou com a análise:

— O mais provável é que tenha havido uma falha na aplicação dos compostos, talvez por pressa para fazer o serviço. O ideal é que, antes de prosseguir, a prefeitura reavalie o programa.

Em nota, o Consórcio Intersul se referiu ao trabalho realizado no trecho onde aconteceu o acidente como “pintura”. “Durante a chuva da última semana a condição da pista, que foi pintada recentemente, piorou consideravelmente”, criticou a empresa. A colisão mais grave envolvendo um dos oito ônibus da viação aconteceu no último dia 1º, quando um passageiro de 61 anos morreu e 21 ficaram feridos. Na ocasião, um motorista criticou as condições da pista.

O material utilizado no Aterro do Flamengo foi fabricado nas usinas de asfalto da prefeitura.

Em nota, a empresa que está prestando o serviço de aplicação do selante asfáltico para a prefeitura negou que o produto possa aumentar o risco de derrapagem na pista. De acordo com a Betuseal, o material que vem sendo utilizado no Aterro do Flamengo aumenta a segurança do pavimento, “pois ele é composto dos mesmos elementos que são utilizados em uma massa asfáltica convencional (inclusive pedra britada), o que faz aumentar o grau de atrito dos pneus com a pista, permitindo assim uma frenagem mais segura dos veículos”.

Já a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação informou que prossegue no Aterro a aplicação de microrevestimento, técnica que consiste na reabilitação de superfícies de pavimentos asfálticos em início de desgaste, com a capacidade estrutural do corpo do pavimento preservada, sendo normalmente aplicada em rodovias, vias urbanas e aeroportuárias, com aplicação em dupla camada (regularização/impermeabilização e rugosidade/atrito de rolamento.





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