Rio — Cinco pessoas da mesma família morreram em um deslizamento de barreira na Zona Norte de Recife, na madrugada desta terça-feira. Três pessoas estão feridas e outras duas desaparecidas. O Corpo de Bombeiros informou que duas casas foram atingidas, uma delas foi completamente destruída. Entre as vítimas que morreram no local estão três adultos — de 19, 25 e 50 anos — uma criança de nove anos e um bebê de dois meses.
— Quando cheguei, a casa estava destruída. Entrei em desespero. Começamos a cavar e tirar os destroços de cima — contou Marco Antônio, vizinho das vítimas que ajudou no resgate ao G1.
Os bombeiros, que trabalham neste momento na busca pelas duas mulheres desaparecidas, informaram ao G1 que trabalham com a possibilidade de que elas estejam vivas.
— Em um deslizamento, o material se compacta, sendo mais fácil ter bolsas de ar favorecendo que as vítimas permaneçam mais tempo respirando, então a possibilidade realmente existe — disse o major Anderson Barros, do Corpo de Bombeiros.
Seis viaturas do Corpo de Bombeiros foram ao local, sendo duas de busca e salvamento, uma de busca com cachorros, uma de comando operacional e duas de resgate. Equipes da Defesa Civil do Recife também trabalham no deslizamento.
Em nota, os Bombeiros informaram que não é possível determinar as causas do acidente. No momento do deslizamento não chovia no local. Moradores relataram, segundo informações do G1, que dois canos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) existentes no local estouraram e o vazamento, iniciado às 2h, teria feito a barreira deslizar 55 minutos depois.
— Pode ter havido o rompimento. O abastecimento de água da região realmente aconteceu ontem [segunda, 23], mas o rompimento não foi causado pelo rodízio. Estava sendo abastecido no momento do desastre — declarou o gerente da região leste da Compesa, Aprígio Cunha, ao G1.
O gerente ainda informou que, apesar da possibilidade, não há registro de vazamentos no sistema da Compesa na área do deslizamento.
— Não temos nenhum registro de vazamento pendente nessa área. A tubulação está numa profundidade que não dá para detectar se teve ou não vazamento. Estamos fazendo uma vistoria com a Defesa Civil para dizer o que realmente aconteceu. Desde 3h30, fomos acionados e estamos com equipe técnica para ver o que realmente aconteceu — disse ao G1.
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