Helga Nemeczyk pode ter um sobrenome difícil de se pronunciar, mas demonstra ser uma pessoa bem fácil de se lidar. Talvez por isso, a atriz, comediante e cantora, simpática até o último fio de cabelo, tenha virado a queridinha dos realities: em dois anos, ela emplaca o terceiro, fazendo parte do elenco do “PopStar”, que estreia dia 27. Antes, Helga esteve no “Show dos famosos” (2018) e no “Super chef celebridades” (2017), quadro do “Mais você”. A experiência em competições, porém, não deixa a artista mais confortável para enfrentar uma nova disputa.
— Estou ansiosa, com um pouco de medo, não vou mentir. Afinal de contas, no “PopStar”, não vou estar escondida atrás de uma personagem, como no “Show dos famosos” e no teatro musical. Então, penso: ‘Será que vão gostar de mim, da Helga?’ Aqui, é a minha cara — analisa a atriz, de 38 anos.
Com 1,68m bem equilibrado em cima de um saltão, a artista de repente fica pequenininha ao deixar transparecer seu lado frágil.
— O programa é também uma oportunidade para eu descobrir qual é a minha voz, porque sou imitadora também, tenho tantas vozes dentro de mim… E cada personagem tem uma diferente. Estava falando com meu produtor, que disse para eu parar de imitar as cantoras. “Cadê a sua voz?”, ele me perguntou. “Eu não sei, preciso descobrir”, respondi. Então, está sendo um aprendizado grande. O nervosismo maior é eu me mostrar: “Será que as pessoas vão gostar de mim, do que eu sou, da Helga lá de Madureira, que tem montão de referências, manias, que quer dizer tantas e tantas coisas?”
Pela amostragem no “Show dos famosos”, a atriz não tem do que reclamar. Logo na estreia, reverenciando o tenor italiano Luciano Pavarotti, Helga deixou os expectadores e os jurados boquiabertos com sua performance. Tanto que passou, segundo ela, a madrugada inteira após o programa respondendo os seguidores em suas redes sociais.
— Não dormi, fiquei até 5h da manhã respondendo, porque isso eu faço questão. Afinal, meu trabalho não é para mim, é para o público. Quero agradar, entreter. Sou muito carente, quero que gostem de mim, do meu trabalho. Tenho que responder, porque quero trazer as pessoas para minha arte — explica a loura, que arrasou também na pele da cantora Janis Joplin.
No “PopStar”, quando Helga pisar o palco, vai disfarçar a insegurança atrás das divas que quer cantar. O paradoxo é que ela precisará estar muito confiante para soltar o vozeirão em músicas de Iza, Sia e Beyoncé.
— A gente está aqui para o show, mas quero ir além. Quero cantar essas mulheres que falam coisas necessárias, que precisam ser ouvidas — afirma Helga, avisando que terá homens em seu repertório também: — Mas a gente está nesse momento em que o feminino está rompendo barreiras. Então, quero romper através das músicas delas.
Helga discursa o empoderamento feminino com brilho nos olhos. Mas se ressente por não ter sido entendida ao homenagear a força de Beyoncé no “Show dos famosos”. A artista, na época, foi acusada, nas redes sociais, de ter feito blackface por ter se pintado de negra para reverenciar a sua diva.
— Fiquei muito mal, porque fui acusada de racista. Chorei pra caramba, porque não era minha intenção. Quem sou eu para entender toda a história que uma pessoa negra passa? Não sou ninguém. Mas naquele momento estava homenageando aquela mulher e não tinha como não me pintar. Até porque é o que o programa faz, uma caracterização. Sou apaixonada pela Beyoncé — garante a atriz.
O fato de ela ser uma fã incondicional da cultura negra, a ponto de querer ter nascido com mais melanina, deixou Helga ainda mais chateada.
— Eu queria ter nascido negra, porque é a raça mais linda que tem, a cultura mais maravilhosa, tem força, é incrível… Mas as pessoas, às vezes, não entendem. De qualquer forma, eu não me arrependo, porque sei que não fui racista. Fui homenagear a maior diva do mundo, a mulher de quem sou mais fã — afirma ela, que fez questão de se explicar aos internautas que a acusaram de racismo: — Eu escrevi “Me desculpa se machucou você, se pegou mal, mas minha intenção não era essa, faz parte do programa e estou fazendo uma homenagem”. Assim como eu, Tiago Abravanel e Alessandra Maestrini também se pintaram. Agora eu pergunto: “Como vamos fazer personalidades negras no ‘Show dos famosos’ se a gente é branco?”.
Helga ainda toca em outro ponto:
— Outra coisa que sempre me pergunto é por que não posso fazer uma trança nagô. Por que serei acusada de apropriação cultural? Mas, gente, eu amo muito a cultura negra, estou querendo me aproximar. E eu acho tão lindo (o penteado)… Deixa eu fazer a trança, caramba!
Após o desabafo, Helga respira e traz o sorriso de novo no rosto. E ele, junto com o brilho nos olhos, são os aliados ao talento vocal da artista para levá-la longe na competição.
— A gente quer mostrar o melhor, quer que as pessoas conheçam mais a gente. Eu também quero me conhecer mais como cantora e, claro, chegar na final. É hipocrisia dizer que não quer, claro que todos querem ganhar. Mas se não der, valeu. O que espero mesmo é que as pessoas vejam esse meu jeito, meu brilho no olhar. É essa Helga que desejo que elas vejam e aprovem — torce.
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