A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus tem implicações para a indústria. A Whirlpool viu a demanda cair bastante nas lojas físicas de revendedores, enquanto as vendas pela internet continuam no mesmo ritmo.
Segundo João Carlos Brega, presidente da fabricante Whirlpool no Brasil e na América Latina, tem havido maior procura por geladeira, micro ondas, lava roupa e lava-louça (mas esse eletrodoméstico tem menos de 2% de penetração no Brasil).
“Temos três plantas no Brasil: em Manaus, Rio Claro e Joinville. Por sazonalidade, a gente já tinha planejado férias coletivas em Manaus, que fabrica ar-condicionado, em Rio Claro a produção de fornos e fogões caiu 40% e em Joinville de refrigeradores – por conta de uma legislação especifica de Santa Catarina – estamos rodando em 45% a 50% da nossa capacidade de produção”, afirma o executivo.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no fim de março com 734 fabricantes de pequeno, médio e grande porte, 92% têm tido impacto negativo por causa da crise, sendo que quatro em cada dez interromperam a sua produção.
Em relação à demanda, 79% das indústrias pesquisadas perceberam redução nos pedidos, e 83% enfrentam problemas de logística tanto de produtos como de matérias-primas.
Segundo o levantamento da CNI, praticamente três em cada quatro empresas consultadas enfrentam dificuldades para prosseguir com os pagamentos de rotina – tributos, fornecedores, salários, energia elétrica e aluguel.
“Vai haver uma revisão da cadeia de valor”, diz. “Vamos rever a dependência de uma região específica e de um fornecedor específico.”
Volta da confiança
Para Brega, a comunicação do governo foi efetiva para achatar a curva. “Estamos comprando tempo. Não adianta abrir a loja até que o mundo tenha resposta sobre a doença, o consumidor não vai comprar, não adianta tentar vender geladeira para esquimó”, afirma.
“Você abre um negócio que acha que vai vender, e o banco empresta porque acredita nessa capacidade. Se essa cadeia é quebrada, não funciona. Por isso, a minha sugestão é dar férias coletivas, layoff. O executivo deve tentar manter o emprego mais tempo possível.”
Para o executivo, essa é crise única, porque começou como crise sanitária e virou uma crise econômica global. “Nunca houve [uma crise] desta forma e desta força que impacta a economia e vai impactar o social. Mas também nunca vi uma integração, colaboração e vontade de ajudar tão grande. Se eu vejo uma reportagem de problema, pego o telefone para ligar e ajudar”, diz.
Nesse sentido, a Whirlpool tem ajudado três projetos com respiradores e ventiladores. “Nossas máquinas podem fazer respiradores? Podem, então, vamos fazer. Todo mundo tem que fazer engrenagem rodar.”
Para Brega, uma tendência que deve ficar, mesmo depois do fim do isolamento, é que as pessoas devem cozinhar mais em casa. Outra tendência é passar do ter para usar. “Além disso, deve haver maior engajamento para ajudar.”
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