São Paulo — A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta segunda-feira, 19, que abriu inquérito para investigar eventual inobservância de deveres fiduciários de administradores da Vale por fatos ligados ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG), ocorrido em janeiro e que deixou mais de 240 mortos.
A autarquia explicou em comunicado exibido em seu website que o inquérito diz respeito aos deveres da companhia em relação aos seus acionistas e investidores.
“Tal apuração não inclui atuação sobre questões relativas à legislação ambiental, as quais vêm sendo objeto de atuação das instituições competentes”, diz trecho do comunicado.
A CVM informou ainda que o inquérito é referente a processo aberto em 28 de janeiro, três dias após o desastre, para apurar eventual responsabilidade de administradores da companhia em razão dos fatos relacionados ao rompimento da estrutura.
Com o colapso da barragem da Vale, uma onda de rejeitos do beneficiamento de minério de ferro foi liberada, atingindo áreas administrativas e refeitório da própria empresa, além de comunidades, mata e rios da região, incluindo o Paraopeba.
A maioria das vítimas fatais foi de empregados da empresa.
Procurada, a Vale não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
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