Corregedoria da PM afasta policiais envolvidos em ação em Paraisópolis

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São Paulo — A pedido da Ouvidoria das polícias de São Paulo, a Corregedoria da Polícia Militar (PM) determinou nesta segunda-feira o afastamento de seis policiais envolvidos na operação que resultou na morte de nove pessoas que frequentavam um baile funk na favela de Paraisópolis, na madrugada de domingo. Com a decisão, os agentes ficam fora de operação até o final da investigação.

O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, também pediu ao superintendente da polícia técnica e científica dois laudos: o balístico, para avaliar as armas recolhidas dos policiais que participaram da ação e o exame de necropsia nas nove vítimas, para verificar a causa morte. “A princípio, as vítimas foram mortas pisoteadas. Mas o laudo vai dizer”, afirmou.

A partir de hoje, a investigação da ação que terminou em nove mortes ficará a cargo da Corregedoria. O ouvidor comemorou a troca de comando da apuração do caso. Ele havia pedido oficialmente, na manhã desta segunda-feira,  a transferência da investigação do 16º Batalhão para a Corregedoria.

“O órgão corregedor, que tem expertise de ser polícia judiciária militar, tem mais condições de investigar. Isso é bom para o próprio batalhão. Batalhão tem de cuidar do policiamento. A corregedoria existe desde 1940 e tem quase 800 policiais lotados para fazer esse trabalho. É uma boa notícia, mas ainda um primeiro passo”, disse Mariano.

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Vídeos que circulam nas redes sociais, supostamente gravados por testemunhas da ação em Paraisópolis, apontam que houve casos de abuso policial. Num deles, policiais espancam dois jovens numa viela. Em outra imagem, os agentes cercam os moradores num beco. Assim teriam ocorrido as mortes por pisoteamento, segundo a versão dos moradores e frequentadores.

Segundo a Polícia Militar, a ação foi resultado de uma perseguição policial a dois suspeitos que, abordados numa moto, não pararam e fugiram atirando. Eles teriam sido perseguidos por cerca de 400 metros e depois entrado no baile, usando o público como “escudo humano”. A abordagem à moto ocorreu porque o veículo era parecido com um que já havia atirado nos policiais.

De acordo com o tenente-coronel Emerson Massera, da PM, ao perceber a presença dos agentes, o público do baile reagiu, atirando pedras e garrafas. Foi quando a Força Tática chegou para dar reforço. Com a correria, as pessoas foram pisoteadas. Ao todo, participaram da ação 38 policiais. Durante a dispersão, os policiais utilizaram quatro granadas de efeito moral e duas de gás lacrimogênio, além de disparar oito tiros de bala de borracha. A PM afirma que os policiais não deram tiro de arma de fogo.



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