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Gigantes da tecnologia, como a SpaceX, de Elon Musk, e a Amazon, de Jeff Bezos, têm planos de lançar constelações de milhares de satélites com o objetivo de fornecer acesso à Internet em todos os cantos do planeta. Mas os astrônomos estão preocupados em adicionar as massas de satélites à órbita da Terra possa estragar nossa visão do céu noturno, assim como interromper a pesquisa científica.
Membros da American Astronomical Society (AAS) emitiram um comunicado para reclamar do lançamento do primeiro lote de satélites da SpaceX no final de maio. Essa foi apenas a primeira ação da Starlink e enviou cerca de 60 satélites em órbita. Os planos são montar uma rede que consistiria em até 12.000 satélites voando em órbita baixa da Terra nos próximos 6 anos. Os cientistas dizem que é preciso repensar essa tecnologia antes que seja tarde demais.
Um dia após o lançamento inaugural da Starlink, os observadores do céu receberam um espetáculo incomum, vendo os 60 primeiros satélites enviados como fileira de formigas brilhantes e algumas pessoas confundiram até com alienígenas.
A SpaceX não é a única empresa lançando redes de satélites, a Amazon tem um plano similar em andamento, chamado Project Kuiper, que colocaria mais de 3.200 satélites em órbita baixa ao longo de vários anos para fornecer acesso à Internet em banda larga. Outras empresas planejam entrar nesse mercado também, incluindo a OneWeb, Space Norway e Telesat.
Elon Musk se expressou em suas redes sociais a preocupação, dizendo que o Starlink terá “um impacto de 0% nos avanços na astronomia”. O CEO da SpaceX justificou que “potencialmente ajudar bilhões de pessoas economicamente desfavorecidas é o bem maior”.
Como o AAS corretamente apontou, o próximo passo importante é descobrir como essas constelações podem afetar as observações astronômicas. Essas descobertas nos permitirão conceber as salvaguardas e mudanças de políticas necessárias. Agora existe a oportunidade de forjar regras eficazes antes que as coisas saiam do controle. A declaração de posição divulgada hoje pelo AAS é um passo positivo nessa direção.
Via: Gizmodo
