Em uma conversa com jornalistas, Rodrigo Maia (DEM) disse que o ex-vice-presidente Michel Temer (MDB) “operou” o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Maia deixou de usar a eufemística “negociação” para revelar a naturalidade corrupta com que Temer chegou à presidência. O emedebista, hábil como poucos, teve ainda a ousadia de nomear para a chefia da Polícia Federal um aliado político, Fernando Segovia. Caiu após criticar a investigação do delegado Cleyber Malta Lopes sobre como Michel Temer “operava” o Porto de Santos.
Agora Jair Bolsonaro (PSL) está às voltas com uma possível investigação da Polícia Federal sobre o financiamento de sua campanha presidencial através de candidaturas laranjas. Sua situação é mais fácil do que a de Temer. E quem garante isso é Sergio Moro, Ministro da Justiça. Usou o Twitter para, como é de costume, sinalizar lealdade ao presidente: “Jair Bolsonaro fez a campanha presidencial mais barata da história. Manchete da Folha de São Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”.
Um mistério: como o ministro sabe que o delegado da Polícia Federal não viu “algo contra o PR” no inquérito aberto? Talvez Moro esteja operando de seu jeito.
Os mecanismos clássicos para interferir em investigações – como cortar o dinheiro da Polícia Federal, nomear um aliado para chefiá-la, ameaçar a autonomia da categoria, pressionar para que o delegado responsável seja substituído etc. – serão desnecessários para Bolsonaro. Moro é seu aliado mais fiel.
Será recompensado em 2022?
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