Como as inteligências artificiais aprendem a jogar videogame?

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Os avanços na área de inteligência artificial durante os últimos anos levaram ao uso dessa tecnologia pelas empresas e governos em uma grande variedade de produtos que você provavelmente conhece. Ela está presente em coisas aparentemente simples, como o corretor gramatical de editores de texto ou na forma como os sites de busca apresentam os melhores resultados para o usuário.

Mas uma das formas de uso da IA que mais chama a atenção sempre que é divulgada envolve a competição entre máquinas e humanos em jogos de tabuleiro, como xadrez ou damas. Um caso famoso é o do Go, um jogo criado na China há mais de 2 mil anos e que ainda é extremamente popular em vários países do leste asiático.

Por ter regras relativamente simples, mas envolver muito pensamento estratégico e criativo, ele acabou virando uma espécie de objeto de fascinação de quem pesquisa inteligência artificial. Um dos grandes marcos dos avanços nessa área aconteceram exatamente quando a AlphaGo, uma IA desenvolvida pela DeepMind, se tornou a primeira a vencer jogadores profissionais de Go, sendo aposentada em 2017, após conquistar uma vitória contra o melhor do mundo na época.

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Além dos jogos de tabuleiro

Tudo isso serve como exemplo do estado atual dessa tecnologia, mas existem formas bem semelhantes de uso da IA que estão todos os dias presentes na vida de quem gosta de videogames e são mais antigas do que muita gente imagina.

Isso já pode ser visto nas máquinas de fliperamas que se popularizaram nos Estados Unidos a partir do final da década de 1970. Muitos dos jogos mais conhecidos, como Pac-Man e Space Invaders, eram voltados principalmente para as pessoas que jogavam sozinhas contra os inimigos criados pelo computador. Nesses casos, era necessário que os chamados bots fossem capazes de aumentar a dificuldade à medida que o jogador passa de fase, se adaptando ao nível de habilidade de quem joga.

Esse é só um exemplo simples do tipo de coisa que os desenvolvedores começaram a fazer nesse campo, mas já mostrava o potencial que a IA teria para a criação de inimigos nos videogames. Avançando até os jogos atuais, podemos ver como os bots evoluíram. Hoje os jogadores lidam com inimigos que aprendem a procurar por eles em seus esconderijos favoritos, como no caso do game de terror Alien: Isolation. Eles também podem ser capazes de esperar as ações do jogador antes de decidir se vão atacar ou defender.

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Mas como isso funciona?

Em suas formas mais simples, os bots seguem a chamada “árvore de escolhas” para decidir quais ações tomar. Se você pensou nas decisões que são tomadas durante a história de vários RPGs, é realmente algo próximo disso. Baseados em algumas ações do jogador, que precisam ser planejadas previamente pelos desenvolvedores, os personagens controlados pela máquina irão responder de formas diferentes.

Nos modelos mais complexos, uma IA pode ser programada para compreender os objetos a sua volta e saber exatamente quais oferecem um risco à vida dos personagens não-jogáveis. É isso que vai impedir um inimigo de ficar parado no meio de um tiroteio e fazer com que ele procure cobertura quando precisar recarregar uma arma, por exemplo. Dá para perceber que o processo de programação segue uma mesma linha de pensamento, ficando apenas mais complexa a medida que os jogos evoluíram e começaram a exigir comportamentos mais complicados.

Mas o uso da IA nos videogames pode ir além disso. Atualmente, uma de suas formas mais populares é na criação de mundos únicos para cada jogador, coisa que acontece em Minecraft. Isso é feito através de um algoritmo de geração procedural, que cria mapas aleatórios a cada vez que você inicia o jogo. A única exigência é que eles cumpram alguns requisitos pré-estabelecidos pelo criador. Dessa forma, é possível ter sempre um ambiente novo, mas dentro das regras do mundo.

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