A profissionalização de algumas modalidades dos esportes de praia, como handebol, basquete 3 x 3, tênis e wrestling, ainda é um desafio para os atletas e federações do Brasil e de outros países, com problemas variam desde o número ainda reduzido de praticantes até a dificuldade de atrair o interesse de público e patrocinadores. Uma vez que esses obstáculos impedem hoje que a maioria desses esportes façam parte dos Jogos Olímpicos, 97 países que integram a Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (Anoc), reuniram-se para a organizar a primeira edição dos Jogos Mundiais de Praia, que começaram na madrugada desta sexta-feira, em Doha, no Qatar. Ao todo, 1237 atletas participarão de 14 diferentes disciplinas, e o Brasil conta com a maior delegação, com 77 atletas de nove modalidades.
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A estreia do país aconteceu nesta sexta-feira, com 100% de aproveitamento. No futebol de areia, a seleção feminina, que disputa sua primeira competição oficial, venceu Cabo Verde por 7 a 2, enquanto o time masculino, 14 vezes campeão mundial, bateu o Marrocos por 9 a 1.
No handebol de praia, o primeiro dia do evento teve rodada dupla, e o Brasil ganhou os quatro jogos que disputou, com triunfos da equipe feminina, tricampeã mundial, sobre Argentina e Estados Unidos, e masculina, cinco vezes campeões do mundo, em cima de Omã e Estados Unidos.
Além dos torneios de handebol e futebol de areia, O Brasil ainda participa das competições de basquete 3 x 3 de praia, vôlei de praia 4 x 4, tênis de praia, wrestling de praia, vela (classe Fórmula Kite), maratona aquática e wakeboard. Chefe da delegação brasileira nos Jogos Mundiais de Praia, Mariana Mello considera que o fato de a maioria das modalidades não fazerem parte do programa olímpico permite que os Jogos Mundiais de Praia tenha os melhores atletas de cada modalidade.
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— Em relação aos atletas, como a maioria dos esportes que estão acontecendo aqui são eventos não olímpicos, não houve dificuldade de atrair os melhores atletas de cada esporte. Os próprios atletas e as confederações entendem como uma oportunidade de visibilidade, de competirem em eventos grandes e terem experiência em Jogos multiesportivos. Então, não houve dificuldade de trazê-los, eles estão aqui porque realmente querem participar — ressalta.
Embora muitos dos atletas da delegação ainda sejam poucos conhecidos no país, alguns nomes mais acostumados aos holofotes de grandes eventos também representam o país. São os casos de Ana Marcela Cunha, pentacampeã mundial em maratonas aquáticas, Bárbara Seixas, campeã mundial de vôlei de praia em 2015 e prata nos Jogos Olímpicos Rio-2016, e Juliana Silva, prata no vôlei de praia na Olimpíada de Londres-2012 e campeã mundial em 2011.
— Sempre que temos atletas consagrados e com medalhas em competições importantes, como Mundial e Jogos Olímpicos, eles atraem a mídia e o público, elevando o nível do evento. Ajuda a dar mais visibilidade e também na exposição dos atletas, tanto os consagrados quanto os mais novos — comenta Mariana.
Com a recente inclusão de modalidades com apelo entre o público jovem, como o surfe e o skate, nos Jogos Olímpicos, a chefe da delegação brasileiro frisa que o mesmo pode acontecer a médio e longo prazos com modalidades que hoje integram os Jogos Mundiais de Praia, se houver crescimento de popularidade desses esportes nos próximos anos.
— O COI (Comitê Olímpico Internacional) realmente está fazendo esse movimento de aproximação com a juventude para manter o espírito do esporte olímpico. Os esportes de praia são sempre atrativos, até pelo ambiente onde são disputados. E acredito que há chances de um ou mais esportes se tornarem olímpicos no futuro.
Pelo próprio nome do evento, pode parecer estranho que o surfe não faça parte dos Jogos Mundiais de Praia, uma vez que diferentemente de várias outras modalidades, o esporte é um dos poucos que surgiram de fato na praia. Mas a mudança de sede para Doha impediu a presença da modalidade na primeira edição do evento.
— Os Jogos Mundiais de Praia seriam em San Diego, na Califórnia, e o surfe fazia parte do programa. Quando foi tomada a decisão de transferir os Jogos para Doha, o Comitê Organizador decidiu cancelar o Surfe porque as praias daqui não têm ondas, tornando a competição inviável — explica Mariana.
Se a profissionalização de modalidades nas quais atletas ainda não podem tirar delas o próprio sustento, como ocorre com as mulheres no futebol de areia, a caminhada para a consolidação desses esportes ainda promete ser longa. Mariana Mello pontua que cabe às federações cuidar de questões como calendário, torneio e patrocinadores.
— O COB acredita que trazendo essas modalidades para grandes eventos, podemos oferecer um nível de serviço que os atletas não tiveram em outras competições, como médicoS, fisioterapia e massoterapia. A gente não só oferece, mas também orienta como fazer exercícios de prevenção de lesões. Dentre os serviços oferecidos, temos também o esporte seguro, que fala sobre doping, abuso e assédio moral e sexual no ambiente do esporte — salienta.
Os Jogos Mundiais de Praia acontecem até o dia 16 de outubro. Todas as disputas de medalha acontecem nos dois últimos dias de evento. A cerimônia de abertura acontece neste sábado, às 13h30 (horário de Brasília), com transmissão no site oficial do evento. Todas as competições também terão transmissão vivo na página dos Jogos.
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