Clubes femininos aprovam ranking e atletas reclamam nas redes sociais

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5c47bf2b51835 Clubes femininos aprovam ranking e atletas reclamam nas redes sociais

Representantes de nove dos 10 primeiros clubes da fase classificatória da Superliga Feminina de vôlei  se reuniram com dirigentes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) nesta quarta-feira, em São Paulo (SP), e decidiram pela manutenção do ranking para atletas de sete pontos na temporada 2019/2020.

O grupo é composto por 10 jogadoras: a levantadora Dani Lins, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi e Natália e as opostos Tandara e Tifanny foram mantidas. As alterações ficam por conta da entrada das levantadoras Macris, do Itambé/Minas e Fabíola, do Sesi/Bauru.

Cada clube pode inscrever no máximo duas atletas de 7 pontos, além de, também no máximo, duas jogadoras estrangeiras.

A decisão prejudicou especialmente o Itambé/Minas, que terminou a fase classificatória da Superliga na liderança. Com a inclusão de Macris no ranking, o time passa a ter três jogadoras de 7 pontos – além de Gabi e Natália. Para a próxima temporada, o time mineiro terá de abrir mão de uma delas.

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– E mais um ano estamos presas ao ranking -escreveu Natália em seu perfil no Instagram.

– Cada time só pensa no seu bem. Nunca pensam nas atletas. É assim que vocês querem manter suas atletas no país? Até quando seremos reféns dessa situação? Até quando? – desabafou a jogadora.

A central Carol Gattaz e a oposta Malu, ambas do Minas, compartilharam a postagem da companheira, também protestando pela manutenção do ranking.

– Estamos indignadas em perceber que o ranking só continua valendo no feminino. Engraçado a CBV está indo na contramão dos movimentos igualitários! Machismo até no esporte? Porque somos mulheres?”, questionou Natália, referindo-se ao fato de o ranking masculino já ter sido extinto há duas temporadas.

Fabiana, Thaisa e Tifanny também compartilharam a postagem de indignação em seus perfis.

Participaram da votação representantes do Dentil/Praia Clube (MG), Sesc RJ, Itambé/Minas (MG) Osasco-Audax (SP), Hinode Barueri (SP), Fluminense (RJ), E. C. Pinheiros (SP), Sesi Vôlei Bauru (SP) e São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP). O Curitiba Vôlei (PR) não compareceu à reunião. No comando, pela CBV, estiveram o superintendente de Competições de Quadra, Renato D´Ávila, e a gerente da mesma unidade, Cilda D´Angelis.

Na votação, apenas o Dentil/Praia Clube (MG) e a Comissão de Atletas, que enviou sua opinião por escrito, foram contra a continuidade do ranking.

O ranking foi implantado na temporada 92/93, com o objetivo de gerar equilíbrio entre os times participantes da competição. A partir da temporada 16/17, os clubes votaram pelo fim da pontuação geral para a formação de seus elencos, com jogadoras valendo de zero a sete pontos, passando a contar, apenas, as de pontuação máxima.





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