China tem robô controlado por IA como âncora de telejornal

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A agência de notícias estatal da China, Xinhua, apresentou o primeiro robô de inteligência artificial do mundo como âncora de telejornal. Xin Xiaomeng, como é chamado, foi inspirado na aparência de Qu Meng, apresentadora humana do mesmo telejornal, e é capaz de realizar movimentos sutis com olhos, boca, cabeça e braços, além de sorrir — tudo de forma bem natural.

Xin Xiaomeng estreou na TV iniciando o evento conhecido como Duas Sessões, composto por reuniões entre a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCC, sigla em inglês) e o Congresso Nacional do Povo (NPC, sigla em inglês), permanecendo no ar por 1 minuto.

No vídeo abaixo, você pode conferir um pouco da performance de Xin Xiaomeng e ver como é impressionante o movimento de seus olhos, como se estivesse lendo o teleprompter.

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Desenvolvido pela Xinhua em conjunto com a empresa de motores de busca Sogou Inc., também chinesa, Xin Xiaomeng se juntará aos outros dois jornalistas robôs masculinos do canal, Qiu Hao e Xin Xiaohao. Ambos foram apresentados em novembro de 2018, durante a Conferência Mundial da Internet, realizada na cidade de Wuzhen. Xin Xiaohao, inclusive, foi atualizado recentemente e se tornou mais moderno que seus colegas, podendo apresentar notícias em pé e gesticular com as mãos e os braços.

Difícil mesmo é acreditar que ele não é um humano de verdade:

Antes de Xin Xiaomeng, o canal Xinhua já tinha apostado em uma repórter feminina, chamada Jia Jia, mas ela foi descontinuada após apresentar problemas em seu software.

O mundo não será mais como antes

Será que a profissão de apresentador de telejornal está com os dias contados? Se depender da China, parece que sim! O país vem, há anos, investindo pesado em pesquisa com inteligência artificial envolvendo robôs jornalistas, dominando a tecnologia de reconhecimento facial com o maior número de câmeras de vigilância em funcionamento no Planeta.

De acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, até 2030 o local se tornará a maior potência mundial em IA. A corrida para ficar à frente dos EUA acabará acelerando a implantação dessa tecnologia em todas as esferas da vida humana, tornando-nos dependentes dela; mas mais dependentes ainda serão as nações que não dominam a inovação, que deverão importá-la dos chineses.

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