Chanceler reconhece que Argentina fez melhor acordo com México sobre livre comércio, diz fonte

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RIO – Em reunião com autoridades da equipe econômica argentina nesta quarta-feira, em Buenos Aires, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reconheceu, segundo altas fontes do governo Mauricio Macri, que “a Argentina negociou muito melhor do que o Brasil seu acordo de livre comércio com o México”. Este mês entrou em vigência o entendimento entre Brasil e México para liberar o intercâmbio de automóveis leves, único setor incluído na negociação. Já a Argentina acertou a liberalização do setor a partir de 2023 e até lá discutirá a eliminação de tarifas para outros produtos industriais e alimentos.

– O chanceler do Brasil admitiu que nossa negociação foi muito melhor e, de fato, foi. Ao estabelecer que o comércio de carros só será liberalizado a partir de 2023 criamos um incentivo para que até lá os mexicanos negociem outros produtos, sobretudo alimentos – disse uma alta fonte da Casa Rosada.

 

A Argentina já está conversando sobre a eliminação de tarifas de importação para vários alimentos e produtos industriais. A expectativa do governo Macri – que tentará a reeleição em outubro – é conseguir, nos próximos quatro anos, fechar um entendimento muito mais abrangente. Já o Brasil negociou, por enquanto, apenas carros.

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– No nosso caso, até 2023 teremos cotas para automóveis. Só chegaremos ao livre comércio quando tivermos um acordo que também inclua outros setores – ampliou a fonte argentina.

Segundo ela, Araújo estava admirado com a capacidade dos negociadores argentinos e fez rasgados elogios ao entendimento selado entre o país e o México.

Este mês, Brasil e México comemoraram o acordo bilateral, que gerou preocupação em setores industriais locais. “O retorno ao livre comércio automotivo entre Brasil e México é passo importante para aprofundar o relacionamento comercial entre as duas maiores economias da América Latina”, disseram os governos do Brasil e México em nota conjunta. “Adicionalmente, o governo brasileiro tem grande interesse em ampliar o livre comércio com o México para outros setores, tanto industriais quanto agrícolas, com a inclusão de matérias sanitárias e fitossanitárias, facilitação de comércio e barreiras técnicas ao comércio, conforme compromisso assumido anteriormente nas negociações do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53)”, afirmam em outro trecho, citando documento assinado em 2002.

No entanto, ao contrário da Argentina, o Brasil aceitou liberalizar o comércio de automóveis antes de começar a negociar outros produtos.

– Nós usamos o setor automotivo para estimular os mexicanos a aceitaram uma eliminação de tarifas mais ampla – frisou a fonte da equipe econômica argentina.

O livre comércio entre Brasil e México deve se estender também para veículos pesados, como caminhões e ônibus, a partir do ano que vem.

No mesmo encontro, comentou, Araújo assegurou que o governo Jair Bolsonaro (PSL) “espera ter aprovada a reforma da Previdência até meados deste ano”.

 



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