O Brasil definitivamente ficou para trás quando o assunto são carros elétricos. Hoje, o setor é amplamente dominado pela China e Estados Unidos, com destaque também para grandes e tradicionais montadoras.
Nosso país ainda precisa importar esse tipo de veículo. E, se a fabricação for por aqui, as peças provavelmente precisarão vir do exterior.
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A avaliação do governo federal é que a indústria automotiva brasileira é ainda muito forte, mas ela precisa passar por uma modernização, com foco, principalmente, na transição energética. Sim, isso passa diretamente pelos EVs.
O Ministério do Desenvolvimento elaborou um programa que recebeu o nome de Nova Indústria Brasil. O seu objetivo é fazer com que a área dê um salto até 2033. Não somente o setor automotivo, mas a indústria nacional como um todo.
A expectativa é de pelo menos R$ 300 bilhões em investimentos. Mais recentemente, porém, o Palácio do Planalto falou em R$ 1,6 trilhão – valor que contempla também recursos para infraestrutura, saneamento básico e moradia.
Componentes nacionais
- A maior parte dos recursos virá de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
- O governo também espera a entrada de dinheiro da iniciativa privada.
- Os trabalhos foram elaborados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que estabeleceu prazos e metas para diversas áreas.
- No caso dos EVs, o CNDI definiu que, até 2026, pelo menos 3% dos veículos eletrificados em circulação no Brasil sejam equipados com baterias produzidas nacionalmente.
- O percentual deve aumentar gradativamente e, para 2033, a meta é alcançar 33%.
- A ideia é que as montadoras utilizem também outros componentes nacionais, além das fontes de energia.
Como funciona o mercado de baterias por aqui?
Nesse mercado, as chinesas reinam absolutas. A líder global da área é a CATL, seguida de longe pela BYD. As coreanas LG e Samsung vêm na sequência, e todas as outras respondem por menos de 5% dos produtos em circulação.
A BYD já instalou uma planta para produção de baterias elétricas no Brasil – em Manaus. Isso sem contar a fábrica para carros em Camaçari, na Bahia, e uma outra em Campinas (no interior de São Paulo).
É claro que essa movimentação das multinacionais é excelente para a nossa economia, mas não podemos esquecer que o Brasil também possui algumas empresas nacionais que atuam no setor. É o caso da catarinense WEG.
A WEG, aliás, já anunciou que vai investir R$ 1,8 bilhão para produzir baterias em larga escala aqui no país. Parte desse dinheiro virá de incentivos federais, dentro do programa Nova Indústria Brasil.
Seja pela WEG, pela BYD ou por qualquer outra, a instalação desse tipo de estrutura será extremamente benéfica para o país, principalmente na geração de empregos e na aquisição de tecnologia de ponta. E, por que não, numa eventual redução de preços – esse é meu sonho.
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