O campo magnético da Lua ainda é um mistério para astrônomos e pesquisadores. Alguns modelos sugerem que nosso satélite natural teve um campo tão forte quanto o da Lua por bilhões de anos, enquanto outros afirmam que o núcleo era fraco e não tinha energia suficiente para isso.
Um estudo publicado nesta sexta-feira (06) na revista Communications Earth & Environment analisou rochas coletadas nas missões Apollo e fez uma revelação surpreendente: o campo magnético da Lua pode sequer ter existido.
Estudo fez novas descobertas sobre campo magnético da Lua
Pesquisadores da Universidade de Rochester (Estados Unidos) analisaram as propriedades de cristais de rochas coletadas nas missões Apollo. Elas têm entre 3,69 e 4,36 bilhões de anos, e fornecem pistas da formação do campo magnético lunar.
A análise revelou que, quando algumas das rochas foram formadas, sequer existia um campo magnético por lá. A hipótese é que ele tenha se formado há cerca de 4,36 bilhões de anos, sendo mais recente do que o da Terra (de cerca de 4,5 bilhões de anos).
No entanto, além de ter durado menos de 140 milhões de anos (a Lua não tem mais um campo magnético considerável), ele pode sequer ter existido.
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Análise do campo magnético da Lua deu pistas sobre a Terra
Além de fazer revelações sobre o campo magnético da Lua, a pesquisa encontrou novas pistas sobre a formação da Terra. Veja:
- Como o campo magnético da Terra é mais antigo que o da Lua, o estudo sugere que possa haver vestígios primitivos do nosso planeta em solo lunar;
- Isso porque as partículas terrestres chegam ao satélite natural depois de atravessar o nosso campo magnético. Como a Lua não tem essa proteção significativa, os componentes não são repelidos e se mantém por lá;
- Ou seja, se a Lua não tinha um campo magnético (ou nunca teve), é possível que o material terrestre de mais de 4,36 bilhões de anos tenha chegado por lá e permanecido;
- As partículas presentes na superfície lunar poderiam dar dicas do passado da Terra.
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