A partir da quinta (26), entrará no ar no site do Gerando Falcões um link para arrecadar fundos e comprar pelo menos 1 milhão de cestas básicas para ajudar a combater a crise causada pela Covid-19. Os alimentos serão distribuídos em 52 favelas do país. Desse número, vinte na Grande São Paulo, em localidades como Capão Redondo, Vila Nova Cachoeirinha e Poá. A iniciativa é coordenada pelo Instituto Gerando Falcões, de Edu Lyra.
“Se essa crise durar mais de vinte dias, o Brasil poderá quebrar. Nesse caso, empresários perder dinheiro, demitir, haverá fome e saqueamento. Por isso, não dá para ficar parado, só no home office. A gente precisa se unir e todo mundo deve ajudar”, diz Lyra, que pertence também ao Global Shapers, iniciativa do Forum Econômico Mundial. O líder foi nomeado pelo órgão como um dos jovens que podem mudar o mundo.
Na última semana, grandes empresários aderiram à campanha e já injetaram 5 milhões de reais nesse fundo. Entre eles, Jorge Paulo Lemann (Fundação Lemann), Abilio Diniz (Península), Pedro Bueno (Dasa), Olavo Setubal Jr. (Itaú), David Feffer (Suzano) e Alexandre Behring, Mario Cunha Campos e Pedro Batista (sócios da 3G Capital), são alguns dos nomes à frente da iniciativa.
Outros nomes envolvidos com a iniciativa estão Nizan Guanaes, Donata Meirelles, Thiago Oliveira, Bernardo Paiva, Cláudio Carvalho, João Paulo Coelho e Bruno Setúbal.
Além disso, o laboratório Dasa ajudará a treinar equipes para entrega das cestas (para mitigar o risco de contaminação), e a empresa de tecnologia Accenture vai desenvolver um app para que líderes das comunidades cadastrem as famílias mais carentes, para receberem as cestas (o app pode inclusive vir a ser incorporado a programas oficiais do governo estadual paulista e do governo federal).
A equipe do Gerando Falcões estabeleceu uma parceria com líderes de favelas. Eles criam uma espécie de voucher personalizado, que será distribuído por Whatsapp. Cada morador será orientado a pegar sua cesta em um lugar determinado e seguro. “Criamos uma logística para evitar saques e violência. Batizamos de ‘moeda da esperança’”, diz Lyra.
“Uma pessoa que mora na favela ficar de quarentena, às vezes num barraco de um cômodo com oito ou nove pessoas, é um sacrifício imenso. A maioria do pessoal é autônomo, ou seja, trabalha de manhã para ter o que comer à noite. Se isso durar muito tempo, a alternativa deles é morrer de Covid-19 ou de fome. Por isso, todos teremos de nos unir”, ressalta Lyra.
Quer contribuir? A partir da quinta (26), será possível clicando AQUI
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