”Eu profetizo: serei presidente da República com 51% dos votos”, afirmou o ex-deputado em discurso feito na convenção do novo Prona
![[Tags] cabo-caciolo-biblia-1 Cabo Daciolo tenta reformar partido de Enéas para disputa em 2022](https://abrilveja.files.wordpress.com/2018/09/cabo-caciolo-biblia-1.jpg)
(Marcelo Chello/CJPress/Agência O Globo)
Ex-deputado e integrante do Corpo de Bombeiros, Cabo Daciolo deixou o seu atual partido, o Patriotas, e, neste sábado, 7, liderou a convenção nacional de refundação do Prona (Partido da Restauração da Ordem Nacional).
Segundo o ex-presidenciável, a ideia é começar agora a coleta de assinaturas para reerguer até as próximas eleições presidenciais, em 2022, a sigla criada pelo ex-deputado Enéas Carneiro.
“Eu profetizo: serei presidente da República com 51% dos votos”, disse Daciolo para uma pequena plateia com aproximadamente 50 pessoas. A declaração fez parte do discurso feito pelo cabo no púlpito da Igreja da Unificação Mundial do Cristianismo, no bairro Pinheiros, que fica na cidade de São Paulo, local onde ocorreu a convenção do novo Prona.
O lugar foi enfeitado com faixas que continham a frase “Nós temos fé no Brasil. Daciolo 56”, estátuas e banners com a imagem de Enéas, que morreu de câncer em 2007.
Por causa da união feita com o Partido da República (PR) em 2006, o Prona moderno terá que passar por todos os procedimentos previstos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se criar a nova sigla.
A iniciativa de Daciolo para reformular o Prona, contudo, não é a única. Conforme conta em registros do TSE, dois grupos tentam se registrar esse mesmo nome. Um do Rio de Janeiro, e o do ex-presidenciável, que tem o apoio de Havanir Nimitz, ex-deputada e braço direito de Enéas.
Durante o evento, era comum o cabo se referir na terceira pessoa. “O Prona atende a tudo que o Daciolo pensa. Getúlio (Vargas) e Enéas são as grandes inspirações da minha vida”. Críticas ao presidente Jair Bolsonaro também não foram poupadas. “A maçonaria comanda tudo e o alicerce desse governo é a maçonaria. O general Mourão, que é grão mestre, está louco para sentar na cadeira do Bolsonaro. Tem também o Paulo Guedes. O Bolsonaro está cercado de inimigos”.
Questionado sobre o nacionalismo exagerado e ser associado à “esquerda”, por defender a volta do controle estatal sobre empresas que foram privatizadas, Daciolo rejeitou rótulo. “Esse papo de esquerda e direita é uma grande mentira. Querem dividir para conquistar. São amiguinhos. Como se transforma isso Daciolo? Da forma sobrenatural, a forma de Deus”, disse Daciolo.
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