Brasil se torna o maior mercado da marca Heineken

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Bruxelas — O Brasil tornou-se o país com o maior mercado da cervejaria Heineken no mundo em 2020. No entanto, a cervejaria ainda fica atrás na Ambev no país.

Em 2019, a Heineken teve seu volume mundial de cerveja aumentado em 4,1% no quarto trimestre, puxado principalmente por Vietnã, Camboja e Brasil.

“Um final de ano forte”, disse Trevor Sterling, analista de bebidas da Bernstein Securities, destacando um crescimento de dois dígitos nesses três países.

O lucro operacional ajustado de 2019 da empresa — antes de itens extraordinários — foi de 4,02 bilhões de euros (4,39 bilhões de dólares), um aumento de 3,9% e exatamente em linha com o consenso do mercado.

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Em termos regionais, os números de lucro também foram semelhantes às expectativas, com um leve desempenho superior na África, Oriente Médio e Leste Europeu e nas Américas, contra um leve desempenho inferior na Ásia-Pacífico e na Europa.

A estimativa média dos analistas é de crescimento de lucro de 6% neste ano de 2020, de acordo com um consenso compilado pela empresa. O vice-presidente de Finanças, Laurence Debroux, se recusou a colocar um intervalo numérico na previsão da Heineken.

As projeções são as mesmas da Heineken há um ano. No entanto, a empresa atenuou em outubro as expectativas relacionadas ao lucro, dizendo que o lucro operacional aumentaria apenas 4%.

A empresa prevê que os custos mais baixos de cevada e alumínio realmente ajudarão a aumentar os lucros em 2020, quando seu presidente-executivo deixará o cargo.

A empresa também disse que as receitas devem subir este ano com volumes mais altos, preços e consumidores mudando para cervejas mais caras.

Juntamente com um aumento mais moderado nos custos de insumos, a empresa deve registrar um aumento percentual de um dígito médio no lucro operacional em 2020, estimou, acrescentando ser muito cedo para avaliar o impacto do surto de coronavírus em seus negócios.

“Somos cautelosos, estamos apenas analisando a situação, mas com certeza não é paralisante, seria uma palavra muito forte, mas terá algumas consequências”, afirmou o presidente-executivo de saída, Jean-François van Boxmeer, em uma teleconferência.

As ações da companhia disparavam mais de 6% no pregão desta quarta-feira, com investidores repercutindo positivamente sólidos resultados do quarto trimestre, liderados pelo crescimento no Vietnã, Camboja e Brasil

Van Boxmeer, belga e presidente-executivo desde 2005, deve deixar o cargo em 1º de junho, um ano antes do esperado. Ele será sucedido pelo chefe das operações asiáticas, o holandês Dolf van den Brink, disse a Heineken na terça-feira.

Analistas disseram que a mudança não foi uma grande surpresa e Van den Brink, que também liderou as operações da Heineken nos EUA e no México, foi uma escolha lógica.

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