O Brasil está estreitando seus laços com projetos de vacinas contra Covid-19. Agora, segundo o Ministério da Saúde, o país está prestes a formalizar um acordo para produzir a fórmula desenvolvida pela universidade de Oxford em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (23) pelo ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, como informa a agência Reuters. Durante audiência no Congresso, ele afirmou que já está em fase de assinatura com a Casa Civil o compromisso de participação do Brasil na produção da vacina. Estão envolvidas na discussão a Bio-Manguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com Pazuello, o governo brasileiro também estuda fechar outras parcerias similares com outros laboratórios com projetos de vacinas promissores. Neste momento, a Organização Mundial da Saúde reconhece 13 vacinas candidatas que já estão em fase de experimentos clínicos.
Se confirmado, será a segunda vacina estrangeira contra Covid-19 a ter sua produção confirmada no Brasil. A primeira é a da farmacêutica chinesa Sinovac, que já firmou acordo com o governo de São Paulo e o Instituto Butantan para produzir sua fórmula nacionalmente.
As duas vacinas estão entre as em fase mais adiantada de testes e serão experimentadas em brasileiros. A fórmula de Oxford já iniciou a fase de aplicação em 2.000 profissionais de saúde no Brasil para averiguar sua capacidade de imunização entre a população com maior risco de exposição ao vírus. Já o projeto da Sinovac será usado em 9.000 brasileiros. Nos dois casos, as aplicações fazem parte da terceira e definitiva fase experimental das vacinas.
Os dois projetos utilizam tecnologias diferentes, ainda que com o mesmo objetivo. A vacina de Oxford usa o que se chama de vetor viral: os pesquisadores usam um outro vírus, um adenovírus, incapaz de causar infecção no organismo, com material genético do Sars-Cov-2 para manifestar a proteína “Spike” característica, que dá ao coronavírus seus espinhos, crucial para a “invasão” das células. Já a Sinovac utiliza um mecanismo mais tradicional, usando o próprio Sars-Cov-2, mas completamente inativado, tornando-se incapaz de infectar seres humanos.
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