Brasil e Chile querem retomar esforços para aprovação de tratado de livre comércio

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SANTIAGO — Quando o presidente do Chile Sebastián Piñera recebeu o colega brasileiro Jair Bolsonaro (PSL) na entrada do Palácio de la Moneda, nesta sexta-feira, agradeceu sua visita ao país e disse que seu governo está “muito contente com o tratado de livre comércio”.

Ambos sorriram e entraram ao palácio presidencial chileno, onde nesta sexta é realizado o primeiro encontro de chefes de Estado para discutir a criação do Prosul, organismo que pretende ocupar o vazio deixado pela União de Nações Sul-americanas (Unasul).

Na véspera, Piñera afirmou durante o encontro do Foro de Santiago (evento organizado para promover ideias dos governos de centro-direita da região), que “acabamos de chegar a um Tratado de Livre Comércio com o Brasil, o que vai abrir enormes oportunidades para nossos pequenos, médios e grandes empresários, para expandir suas oportunidades e horizontes”.

O acordo ao qual o chileno se refere e sobre o qual conversou rapidamente com Bolsonaro na entrada do palácio presidencial foi selado no ano passado, ainda no governo Michel Temer. Mas o acordo ainda não foi aprovado pelos Parlamentos de ambos os países. Na visita oficial do Bolsonaro, os dois governos pretendem relançar o entendimento e redobrar as pressões para obter sinal verde legislativo, segundo confirmaram fontes chilenas e brasileiras. Existe a expectativa de anúncios sobre o assunto, neste sábado, quando Bolsonaro será recebido novamente no La Moneda, no marco de uma visita oficial.

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O Chile é membro associado do Mercosul e é um dos países que mais acordos comerciais assinou com diversos países e blocos do mundo na região. Já o governo Bolsonaro quer apostar no livre comércio como uma de suas principais políticas econômicas e considera o Chile um aliado estratégico, em momentos em que a Argentina governada por Mauricio Macri continua às voltas com uma recessão e altíssima taxa de inflação.

O Brasil é o primeiro sócio comercial do Chile na América Latina e o principal destino dos investimentos chilenos diretos no exterior. Quando o entendimento foi assinado, em 2018, o governo chileno destacou que “trata-se da primeira vez que o Brasil assume, num acordo bilateral de comércio, compromissos em matéria de comércio eletrônico, boas práticas regulatórias, transparência, combate à corrupção, cadeias globais e regionais de valor, gênero, meio ambiente e assuntos trabalhistas”.

Entre janeiro e agosto de 2018, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 6,8 bilhões.



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