Bolsonaro diz que Brasil poderá não mudar embaixada a Jerusalém, mas abrir escritório de negócios

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BRASÍLIA — O presidente
Jair Bolsonaro
disse nesta quinta-feira que o governo brasileiro poderá abrir um escritório de negócios em
Jerusalém
, em vez de transferir a embaixada em
Israel
de
Tel Aviv
para a cidade, como já havia sido anunciado mais de uma vez. Ele chegará no próximo domingo a
Israel
, na sua terceira viagem internacional oficial desde que tomou posse.

— Talvez abramos agora um escritório de negócios em Jerusalém — disse o presidente ao ser questionado se a possível mudança da embaixada seria assunto na sua visita a Israel.

O aparente recuo em relação à mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém vem com a resistência dos militares do governo e da equipe econômica, que teme as consequências para as exportações brasileiras. O assunto é sensível na região e desagrada os países árabes, grandes importadores de carne de aves do Brasil.

Bolsonaro não descartou totalmente a transferência da embaixada. Lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou nove meses para tomar a decisão final de mudar a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém.

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Apesar de ter falado seguidas vezes antes de tomar posse que faria a mudança, Bolsonaro passou a ser mais cuidadoso com o assunto desde que assumiu o mandato. O tema foi quase esquecido dentro do governo.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a dizer à Reuters acreditar que o tema iria “para as calendas”. Além disso, mesmo com a viagem próxima, uma fonte do Itamaraty contou que não há nenhuma instrução do tipo aos diplomatas.

A hipótese da abertura de um escritório de negócios em Jerusalém surgiu no próprio Itamaraty. Foi apresentada pelos diplomatas ao governo como uma alternativa menos drástica e que não desagradaria os países árabes.



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