Bolsa sobe 0,8% e fecha no maior patamar em mais de dois meses

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Índice chegou aos 105.319 pontos, puxado pela PEC que autorizou o leilão do pré-sal; dólar tem leve alta e vai a R$ 4,16

Por André Romani

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26 set 2019, 17h58

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 0,80% nesta quinta-feira, 26, aos 105.319, no maior patamar desde 10 de julho. O desempenho foi influenciado pela promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o leilão de excedentes do pré-sal em novembro e pelo relatório trimestral do Banco Central, que indicou novos cortes na taxa de juros. O dólar, mais afetado pela incerteza do cenário interno, teve leva alta de 0,2%, cotado aos 4,16 reais na venda.

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O Congresso Nacional promulgou a PEC que autoriza o governo a realizar o megaleilão de áreas de exploração e produção do pré-sal, previsto para o início de novembro. A notícia fez com que a ação preferencial (que dá prioridade na distribuição de dividendos) da petroleira fosse a mais vendida da sessão, com alta de 1,02%.

A medida é resultado de um acordo feito na véspera entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia Paulo Guedes, para que os trechos que já tinham o aval de deputados e senadores fossem levados à promulgação. O governo estima arrecadar, em bônus de assinatura, 106,5 bilhões de reais. Desse total, 33,6 bilhões de reais vão indenizar a Petrobras e 72,8 bilhões de reais serão distribuídos entre União, estados e municípios. Ainda não há consenso sobre a distribuição desse valor.

Além disso, ainda no cenário doméstico, o mercado se animou com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo Banco Central. Segundo Rafael Passos, analista da corretora Guide Investimentos, o documento indica, na visão do mercado, “um plano de fundo para mais cortes de juros”, diz ele. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária da instituição, o Copom, cortou a taxa básica de juros do país, a Selic, de 6% para 5,5%.

No mercado de câmbio, o dólar fechou quase estável. As notícias positivas, internamente, praticamente se anularam ao cenário incerto no exterior. Apesar dos afagos recentes, como a compra de mais produtos dos Estados Unidos por parte da China, a disputa comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo levou a um clima de aversão ao risco global, o que gera saída de investimentos dos países emergentes, como o Brasil, para aplicações mais seguras. O movimento tem segurado o dólar acima da casa dos 4,10 reais há mais de uma semana.



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