BC defende uso de reservas e fala em moratória de países médios

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Nas últimas semanas, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto tomou à frente da equipe econômica e fez rodadas de apresentações das medidas adotadas pelo governo durante a pandemia do novo coronavírus. O chefe da autoridade monetária alertou para o risco iminente de países de médio para grande porte decretarem moratória até o mês de maio por absoluta falta de capacidade de honrar seus pagamentos, e disse que o Brasil não está no mesmo patamar de risco dessas nações, já que tem reservas suficientes para amainar parte dos impactos da crise econômica provocada pelo fechamento do comércio e pela desaceleração da indústria.

Em uma apresentação que fez a ministros, Campos Neto afirmou que, durante a escalada do preço do dólar, recebeu pressões, inclusive de dentro do governo, para que o BC atuasse mais fortemente para conter o preço da moeda americana. De fato, até a semana passada, a instituição havia vendido 25,399 bilhões de dólares em recursos das reservas internacionais em 2020. Para o presidente do BC, porém, as atuações pontuais da autoridade monetária ainda garantem reservas suficientes para o Brasil lidar com o baque que a economia sofrerá por causa da pandemia do novo coronavírus.

Um dos ministros que ouviu a manifestação de Campos Neto disse a VEJA que ele relatou que “o Brasil está muito à frente de outros países porque, quando houve essa pressão sobre o dólar, tinha gente, inclusive no governo, que queria que a gente entrasse para baixar o dólar”. “Eu resisti. A gente manteve o padrão de reservas internacionais para usar no momento em que efetivamente precisasse. E agora o momento chegou”, afirmou o presidente do BC, segundo relato obtido por VEJA.

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A avaliação feita pelo chefe do Banco Central a ministros é a de que o sistema financeiro do Brasil não corre riscos hoje, o que não acontece com outros países que têm menor liquidez. De acordo com ministros que ouviram a manifestação de Campos Neto, é preciso cuidado com o “pânico” e o temor de “risco sistêmico” quando as primeiras nações, com economias em frangalhos, decretarem default. Se a crise se mantiver com fôlego, a equipe econômica avalia que boa parte dos países trabalhará com estímulos fiscais de 6% a 7% do Produto Interno Bruto (PIB).



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