BC: Abandono da agenda reformista pode elevar a taxa de juros

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A forte retração no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre, junto com a queda já registrada nos primeiros três meses do ano, farão que o Brasil entre em recessão técnica. Porém, o Banco Central enxerga retomada gradual da atividade econômica, combalida pela crise do novo coronavírus a partir do terceiro trimestre. Apesar de ver com bons olhos os programas engendrados pela equipe econômica para que não haja desmontagem da capacidade produtiva do Brasil – como programas de transferência de renda e de crédito – a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, 23, pelo BC, alerta que o país precisa perseverar o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira, considerados essenciais para “permitir a recuperação sustentável”. Caso haja um rompimento neste processo de ajuste após a crise, o Copom ressalta que a consequência pode trazer elevação na taxa de juros estrutural da economia, na contramão dos seguidos cortes engendrados desde o segundo semestre do ano passado.

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Na reunião encerrada na última quarta-feira, o colegiado decidiu por fazer um corte de 0,75 ponto porcentual na Selic como estímulo monetário adicional, mas enxerga que o ciclo de grandes cortes na taxa básica de juros se encerraram e os ajustes devem ser apenas adicionais, se necessários. A taxa básica de juros está hoje em 2,25% ao ano, menor patamar da história. “Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da Covid-19. Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no grau de estímulo monetário será residual”, afirma a ata.

Na avaliação do Copom, o desafio para recuperação econômica é grande, porém, os programas de crédito e os auxílios “têm potencial de recompor parte significativa da demanda agregada que seria perdida devido aos efeitos da pandemia.Desde que a crise do coronavírus passou a se desenhar no país, a equipe econômica desenhou uma série de programas para tentar não desmontar a capacidade produtiva do país e encontrar uma saída menos complicada da crise sanitária. Dentre essas ferramentas estão as injeções de liquidez do BC, a própria política de taxa de juros, empréstimos para empresas e programas de recomposição de renda, como o auxílio emergencial. Com isso, a recuperação da economia pode ser mais rápida que a sugerida no cenário base”. Base essa que prevê forte retração no PIB do segundo trimestre – com o mês de abril, marcado pela escalada de casos de coronavírus e endurecimento de políticas de isolamento social, sendo o mais afetado. Caso a retração se confirme, o país entra em recessão técnica, já que o PIB do 1º trimestre foi negativo em 1,5%.

 

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