Será realizada na tarde desta quarta-feira (20) nova reunião para ajustar detalhes das mudanças no trânsito do Aeroporto de Congonhas. Dessa vez, o encontro terá representantes da Prefeitura, por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes, de empresas de aplicativo de carros particulares e da Infraero. O objetivo é discutir a situação do andar inferior de desembarque do espaço, que teve seu trânsito amplamente intensificado e vem causando demoras no embarque de passageiros.
Com as mudanças que entraram em vigor na última sexta-feira (15), é possível notar um grande contraste na execução dos serviços de táxi e carros de aplicativo. No andar superior, espaço que cabe aos táxis credenciados, a menor demanda de passageiros permite um fluxo melhor dos veículos.
No piso inferior, onde carros de aplicativo, automóveis de passeio e táxis não credenciados devem embarcar seus passageiros, a situação é caótica no momento. Fontes ligadas a uma das empresas de aplicativo argumentam que, enquanto o piso superior tem três vias de acesso, o inferior só tem uma. Como o fluxo destes veículos é muito maior, fica insustentável a situação.
Diversos colaboradores da Uber, munidos de placas e até megafones, tentam orientar o trânsito no local. O empresário Bruno Xavier afirma que sua motorista foi primeiro ao andar superior e depois precisou dar a volta. Também empresário, Daniel Castanheira conta que, das duas vezes que precisou pedir carro desde a mudança, notou desorganização e aumento no tempo de espera.
“A situação de embarque no aeroporto de Congonhas está crítica desde as mudanças implementadas pela Prefeitura na última sexta-feira. A Uber está buscando desde o início adaptar a operação de modo que prejudique o mínimo possível os usuários e o trânsito local. Todavia, embora a Prefeitura tenha se reunido com a Uber e a Infraero e acordado mudanças na operação, as mesmas não foram implementadas nem cumpridas até o presente momento”, afirmou a empresa por meio de nota.
Edson Caram, secretário de Mobilidade e Transportes de São Paulo, disse a VEJA SÃO PAULO que a dinâmica dos aplicativos tem provocado as filas, e o que acontecia no andar de cima, agora passou para o de baixo. “O cliente precisa procurar o carro, conferir a placa, perguntar o nome do motorista… Isso demanda tempo”, argumentou. Caram reforçou ainda a possibilidade da criação de um bolsão para que os veículos dos aplicativos aguardem o chamado dos passageiros. “Depende da boa vontade dos apps se acertarem com a Infraero.”