Autor de atentado a mesquitas usou drone para ato na Nova Zelândia

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20200827065645_860_645_-_autor_de_atentado_a_mesquitas_usou_drone_para_ato_na_nova_zelandia Autor de atentado a mesquitas usou drone para ato na Nova Zelândia
Brenton Tarrant, o atirador responsável pelo massacre que resultou na morte de 51 muçulmanos no ano passado em duas mesquitas da Nova Zelândia, foi condenado a prisão perpétua sem direito à liberdade condicional. A sentença foi proferida por um tribunal na noite da última quarta-feira, 26 de agosto. Durante a semana, sobreviventes e familiares de vítimas testemunharam no local, além de a promotoria ter revelado novos fatos sobre o plano de Tarrant, que utilizou um drone para espionar a mesquita de Al Noor de Christchurch dois meses antes dos ataques. O criminoso também usou de outros recursos tecnológicos para praticar os atos.O drone em si serviu para que o assassino descobrisse onde estavam localizadas as entradas e saídas do local. Brenton Tarrant também usou o Facebook como parte do plano. Na rede social, ele transmitiu horríveis 17 minutos do ataque em tempo real, antes que a live fosse tirada do ar. O assassino pareceu saber usar a tecnologia de várias formas, pois a transmissão foi realizada por meio da câmera GoPro que estava acoplada em seu capacete. Apesar do esforço de várias empresas de mídia em tirar cópias do vídeo da internet, o show de horror percorreu Facebook, Twitter e YouTube.Shutterstock-6.jpgAtirador utlizou drone, o que possibilitou melhor visão do local para concretizar o plano. Créditos: ShutterstockEm 2019, um neonazista, também morador da Nova Zelândia, foi condenado a 21 meses de prisão por compartilhar o vídeo do massacre. Na legenda, o homem definiu o ato como “incrível”.Tarrant realmente gostava de redes sociais e as usou sem limites para concretizar o que havia planejado. Para espalhar o terror, o homem enviou mensagens de textos para a família minutos antes do ataque à primeira mesquita. O objetivo? Contar o que faria! Sobre isso, ainda não está claro se os parentes do criminoso tentaram ou não acionar as autoridades para impedir a ação.Em suas contas no Facebook e Twitter, que inclusive foram deletadas, o atirador postava frequentemente notícias e artigos que poderiam causar medo aos muçulmanos. Ainda na internet, ele estudou a estrutura das mesquitas por meio de fotos. A análise foi essencial para que Tarrant identificasse os dias com maior movimento de pessoas nos locais atacados.Shutterstock-4.jpg A mesquita de Al Noor sofreu com a perda de 44 fiéis. Créditos: ShutterstockDepoimentosSobreviventes e familiares de vítimas do massacre aproveitaram seu lugar de fala para expressar vários tipos de sentimentos durante os testemunhos. Wasseim Sati Ali Daragmih, que ficou ferido no ataque, disse a Brenton Tarrant que seu plano resultou no fortalecimento da comunidade muçulmana, que recebeu apoio de todas as parte do mundo. “Seu plano falhou”, disse Daragmih.Aden Dirive também foi ferido durante o tiroteio e perdeu seu filho de três anos. Tarrant atirou categoricamente em Mucaad Ibrahim enquanto este agarrava a perna do pai.Haji-Daoud Nabi, de 71 anos, também foi morto no ato. Seu filho, Ahad Nabi, proferiu um discurso inflamado, no qual referiu-se a Brenton Tarrant como “lixo”, afirmando que ele deveria ser enterrado em um aterro. Nabi também pediu ao tribunal que colocasse o atirador em uma prisão comum, pois não era certo desperdiçar o dinheiro dos contribuintes da Nova Zelândia com a proteção especial do assassino. “Você queria um mundo que promovesse o culto racional de uma cor só, mas você falhou”, finalizou Ahad Nabi.Durante os depoimentos, Tarrant, supostamente, não apresentou nenhuma reação.Shutterstock-7.jpgVítimas foram lembradas em testemunhos no tribunal durante a semana. Créditos: ShutterstockA sentençaSobre a sentença de Tarrant, vale destacar que ela também foi um marco, visto que não é de costume da Nova Zelândia proferir prisões perpétuas sem o direito à liberdade condicional. O país aboliu a pena de morte em 1961 e sentenciou Brenton Tarrant com sua maior e mais grave penalidade.No momento em que declarou a prisão perpétua, o juiz Cameron Mander afirmou que qualquer tempo fixado pela lei não seria o suficiente para que Tarrant pagasse por seus crimes e por sua falta de empatia com as vítimas.O crime e suas consequênciasNo dia 15 de março de 2019, Brenton Tarrant matou 51 pessoas em duas mesquitas da Nova Zelândia. Foram 44 assassinatos dentro e ao redor da mesquita Al Noor e mais sete na mesquita Linwood. Tarrant usou um AR-15. Quando estava a caminho de uma terceira mesquita, foi contido pela polícia. O condenado se declarou culpado de 51 acusações de homicídio, 40 tentativas e uma de terrorismo.O assassino escreveu um manifesto chamado “A Grande Substituição” em sua conta no Twitter antes do massacre. No texto, ele define o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “um símbolo da identidade branca renovada”. Aqui, cabe frisar que o chefe do país americano não apoiou o movimento “Chamada de Christchurch”, que ocorreu dias depois do massacre. O ato foi direcionado pela primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, e pelo presidente da França, Emmanuel Macron.Outro ato realizado quase que imediatamente depois do crime, foi a solicitação generalizada por parte da população para o fortalecimento das leis que regulamentam o uso de armas no país. Atendendo ao pedido dos moradores, o governo aprovou uma nova legislação de controle de armas de fogo em apenas 12 dias.Fonte: Gizmodo e Reuters



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