Atriz que faz Daenerys em GoT chorou ao gravar última cena

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Emilia Clarke é vacinada contra spoilers. Passou quase uma década driblando perguntas sobre o que aconteceria em “Game of thrones”, série de maior sucesso da HBO. Aprendeu a não entregar o jogo, mas entende a obsessão global que envolve a fantasia inspirada nos livros de George R.R. Martin. Nos últimos anos, a própria atriz esperou a chegada do roteiro com o coração na mão, sem saber se sua personagem, Daenerys Targaryen, herdeira exilada com sede de vingança, chegaria viva ao último capítulo.

No fundo, não acreditava que a heroína messiânica que liberta escravos e tortura inimigos fosse durar tanto tempo, enquanto o elenco era dizimado em batalhas, massacres e execuções. Mas a “mãe dos dragões” sobreviveu e volta ao ar neste domingo (às 22h) para a oitava e última temporada da série. A única coisa que Emilia adianta é que não será possível agradar a todos. É melhor se preparar para o choque.

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Foi o que aconteceu com ela ao ler os seis episódios da reta final de “GoT”. Desde 2017, o público começou a contagem regressiva para dizer adeus ao continente ficcional de Westeros. A última vez que vimos Danny ela estava trancada num navio com o “mocinho” Jon Snow (Kit Harington) — um dos poucos dignos dessa definição na história. Era o romance mais esperado pelos fãs, com parcas chances de final feliz. O casal ainda não sabe, mas ela é tia dele. A relação complica a trajetória de Daenerys rumo ao Trono de Ferro — disputa que norteia a série, que já foi comparada a uma mistura de “Senhor dos Anéis” com “O poderoso chefão”.

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Emilia Clarke e Kit Harington em cena de ‘Game of thrones’ Foto: Divulgação/HBO

 

Além disso, os vivos aguardam a derradeira batalha contra os mortos-vivos (os “caminhantes brancos”), que agora têm o reforço de um dragão-zumbi. A muralha de gelo que barrava o avanço desse exército macabro já caiu. Não vai ser fácil para Joenerys, apelido da dupla nas redes sociais.

 

— Terminei de ler os capítulos e andei por Londres durante três horas sem saber direito o que pensar, para onde ir — contou Emilia a jornalistas na capital britânica, confessando ter gravado a última cena aos prantos. — Comecei a série como uma menina que não sabia de nada. Virei uma adulta. Dizer adeus a isso é se despedir de uma parte de mim mesma.

US$ 10 milhões por episódio

“GoT” começou em 2011 e superou todas as expectativas. Recordista de Emmys, teve nos EUA uma média 30 milhões de espectadores na sétima temporada. Muitos críticos, inclusive, especulam se esta será a última série que o mundo todo verá simultaneamente. À medida que a audiência crescia, aumentava a complexidade da produção, que atravessou geleiras e desertos, a um custo de até US$ 10 milhões por episódio.

É um fenômeno que extrapolou as dimensões televisivas e está invadindo o mundo dos épicos eternos. Nos próximos meses, aliás, começa a ser filmada uma
prequel
— ainda sem nome, gira em torno do clã dos Stark e se passa séculos antes de Jon Snow empunhar sua espada de aço valeriano.

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Os últimos episódios foram gravados na Irlanda do Norte, cenário de um inverno que dura para sempre, e onde um estúdio da HBO será aberto a turistas em 2020. Para Nikolaj Coster-Waldau, intérprete de Jaime Lannister, a oitava temporada foi a mais desafiadora:

— Achei que era impossível. Era um roteiro ambicioso, mas foi realizado de forma incomparável — definiu o ator dinamarquês, para quem o sucesso da série não vem de batalhas cinematográficas com dragões pulverizando exércitos, mas da profundidade de personagens como Jaime e sua irmã e amante Cersei. — São personagens críveis, você acredita na relação entre eles.

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Nikolaj Coster-Waldau na premiere da 8ª e última temporada de “Game of thrones”, realizada em 3 de abril no Radio City Music Hall, em Nova York Foto: CAITLIN OCHS / REUTERS

 

Nós sempre teremos Westeros

Reunido em Londres, o elenco repetiu que a produção dos últimos episódios foi dominada por sentimentos ambíguos, entre a tristeza de encerrar um trabalho que mudou suas vidas e o desejo de buscar novos rumos. Foram unânimes em afirmar que ninguém imaginou que um enredo que mistura política, guerras entre clãs medievais, incesto, monarcas insanos, dragões e profecias sobre aquecimento global pudesse virar um marco.

Ao longo dos anos houve críticas, principalmente sobre o excesso de violência e de exposição de corpos femininos nas primeiras temporadas. Mas nada abalou a plateia em casa.

— Não é uma série fácil. É muito explícita, incômoda, cheia de reviravoltas. Mas o público viciou-se em fazer conexões para entender o épico — apontou Iain Glen, intérprete de Ser Jorah Mormont, escudeiro apaixonado por Daenerys.

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Richard Dormer na premiére da última temporada de “Game of thrones”, realizada em Nova York – 3/4/2019 Foto: CAITLIN OCHS / REUTERS

 

A britânica Gemma Whelan, que vive a guerreira pirata Yara Greyjoy, acredita que um dos principais legados da série foi pôr mulheres em posições de poder:

— A partir dessa série roteiristas terão que pensar em formas menos convencionais de escrever papéis femininos.

Emilia concorda. Faz piada ao reconhecer que provavelmente daqui a dez anos Daenerys só será lembrada por voar no lombo de um dragão — ela tatuou os três no pulso. Mas fala sério ao dizer o que espera ser a herança de “GoT”:

— O que me interessa é discutir sobre como as pessoas veem uma mulher no poder, e o efeito que isso tem sobre poderosos e quem acompanhou a personagem. Isso está no coração da série — declarou. — Espero que seja este o caminho natural da indústria, para que a gente simplesmente se acostume a ver personagens assim.



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