As lições do professor Beltrão

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Ele era alto, forte, possuía uma vasta cabeleira branca, caminhava devagar e curvado. Ao entrar na sala de aula, o silêncio se fazia. Era possível ouvir o zumbido de um mosquito caso ali estivesse. Sua voz grave era pausada, expressava calma e autoridade. Nunca repreendeu um único aluno. Professor Beltrão dava aulas de Português no antigo ginásio, o estágio escolar seguinte ao primário, que hoje é chamado de ensino fundamental. Suas aulas eram sempre encerradas com um conselho: leiam tudo que puderem, tudo, até mesmo a bula dos remédios. Anotem as palavras desconhecidas e busquem o significado nos dicionários. Ficaria muito feliz em ver a biblioteca cheia. Periodicamente, destacava a importância das palavras. Afirmava que a maior arma já inventada pelo ser humano era a palavra, escrita e falada. O conhecimento pela leitura desfaz as armadilhas dos espertalhões – finalizava.

Nos tempos atuais, com as novas tecnologias, a febre das redes sociais, surgem a cada dia novos especialistas, os comentaristas, como uma nuvem que gafanhotos atacando uma plantação. Um adolescente cria um canal em uma rede social, pinta o cabelo de azul ou vermelho, faz caretas, afirmações sem nenhum sentido, diz o que os seus seguidores devem ou não fazer, usar, consumir e, em pouco tempo, torna-se uma celebridade. E, para não ficar de fora da atualidade, também emite opiniões e comentários políticos. É a civilização de ponta-cabeça.

Quase sempre, adentram o tema do preconceito em relação aos homossexuais, usando a palavra homofobia. Não tiveram o privilégio de assistir as aulas do professor Beltrão, pois se assim fosse jamais usariam o termo. Por quê? Porque a palavra homofobia foi usurpada pelo movimento do politicamente correto e não significa preconceito. O sufixo fobia é um afixo que se adiciona ao fim da palavra, criando uma nova palavra. Fobia é então um transtorno psíquico identificado pela ciência. Fobia é uma aversão relacionada a alguma coisa, sem motivo, que provoca uma sensação insuportável de desconforto. Aracnofobia é o medo irracional de aranhas. Claustrofobia é o medo irracional, sem motivos, de lugares fechados. Homofobia é o medo irracional do semelhante, o homo sapiens. Movimentos políticos, principalmente o chamado politicamente correto, usurparam a palavra homofobia, já que o prefixo homo é o mesmo de homossexual, que significa afeição sexual por semelhante, por igual, e não preconceito.

Embora a rede mundial de computadores seja utilizada como fonte principal de pesquisa, lamento informar que ela não é confiável. Os velhos e antigos dicionários e enciclopédias ainda prevalecem.

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Qualquer atitude que agride, discrimina a outro por motivos de opção sexual, origem étnica, regional, cor de pele, é simplesmente preconceito, e ponto final. O saudoso professor Beltrão também entremeava suas aulas falando sobre o preconceito. Dizia ele que era uma atitude covarde, de pretensa superioridade totalmente desqualificada, típica de idiotas, dos sem inteligência, os quais por acaso tornaram-se humanos por um erro da natureza. Todo ser humano era único, foi criado livre, com livre arbítrio, e obrigatoriamente deve ser respeitado. O neologismo, ou seja, o novo sentido para uma palavra, com intuito de forçar uma percepção, desqualifica e enfraquece qualquer debate, ainda mais quando é propalado por quem não estudou com bons professores, não possui meia dúzia de livros em casa e acha que na Amazônia existem girafas.





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