Artigo: A cultura conecta a sociedade

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Minha trajetória como realizador cultural me levou a diversos lugares nos últimos anos. Estive em festivais de música, cinema, teatro, artes visuais e outros tantos encontros que se desdobraram em inúmeras articulações em rede, conversas infinitas sobre o papel da cultura no Brasil e uma perspectiva interdisciplinar sobre o campo da invenção. Agora, estou à frente da Secretaria de Cultura do Espírito Santo, com uma equipe de mais de 200 pessoas e espaços culturais – entre museus, galerias e teatros, uma orquestra, uma rede de bibliotecas – e dialogando diariamente com prefeitos, deputados, representantes do setor privado e da sociedade civil.

O primeiro desafio posto pelo governador Renato Casagrande, no âmbito interno, foi a construção de uma gestão compartilhada, capaz de conectar distintas áreas do governo para que atinjam objetivos comuns. É inspirador estar no centro das decisões e ouvir, desde a transição, o nosso governador imprimir o norte principal da gestão: inclusão e inovação nas práticas e nos projetos.

Entendemos que nosso trabalho, enquanto poder público, é reconhecer, valorizar e criar oportunidades para o desenvolvimento e circulação de toda multiplicidade dos saberes e expressões culturais que são ensejados no estado. É fato que, no mundo contemporâneo, as grandes pautas sociais, políticas e econômicas encontram eco e são amplificadas pelas práticas artísticas e culturais. Seja de maneira direta, em seus conteúdos, seja pela maneira indireta de abrir espaços para vozes e corpos se expressarem, compreendemos que a arte é determinante para pensarmos sobre que sociedade queremos. Dentro dessa perspectiva, a construção de políticas públicas para cultura é um aspecto central para o desenvolvimento econômico e humano. Nunca para direcionar ou pautar essas vozes e esses corpos, mas sim para reverberar (ainda mais) a nossa diversidade, junto à liberdade de opinião e ideias, como valores fundamentais para promovermos transformações efetivas.

O fato é que a cultura no século XXI se aproxima de campos como os da ciência e tecnologia, da inovação e da tecnologia social, da preservação ambiental aliada ao desenvolvimento econômico, como um dos temas mais relevantes para posicionar uma nação entre os países desenvolvidos. A capacidade do setor de criar capital simbólico, promover cidadania e produzir impactos positivos para a economia e sociedade se alinha com os principais vetores que balizam o conceito de desenvolvimento hoje. A cultura nos conecta e fortalece uma visão de mundo mais plural, mais empática e de maior respeito às diferenças. Se, ao longo de todo o século XX, a cultura, enquanto expressão coletiva, foi fundamental para grandes conquistas sociais e políticas, hoje não é diferente em tantas frentes como as lutas contra o racismo, a homofobia, pela igualdade de gênero, pela valorização dos saberes dos povos originários e por tantas outras pautas que se fazem urgentes.

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É mais que necessário destacar também a centralidade da cultura para a pauta econômica. Nesse início de gestão, nos deparamos com inúmeros estudos que apontam para o enorme impacto do setor da cultura na arrecadação de impostos, geração de emprego e estímulos indiretos para outras cadeias econômicas que tangenciam a cadeia da cultura. A economia criativa é, sem dúvida alguma, um vetor decisivo para uma economia dinamizada, inclusiva e diversificada.

Por fim, ressaltamos que a territorialização do Orçamento, e um esforço contínuo para criar uma distribuição mais justa dos recursos por regiões, é um compromisso do qual não abriremos mão. As regiões do interior do estado, assim como os territórios populares e periféricos urbanos, terão uma atenção especial dessa gestão.

No nosso horizonte, a cultura estará sempre a serviço da inovação, da transformação social e do crescimento econômico, que são os vetores norteadores de toda a gestão integrada do governador Renato Casagrande. Entendemos que o momento da economia é delicado e que estamos trabalhando com restrições orçamentárias consideráveis. Porém, temos certeza de que o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e a saúde das contas públicas do estado abre caminhos para excelentes resultados. Em breve, teremos a certeza de ter produzido um impacto positivo para todos que vivem no Espírito Santo.

Fabricio Noronha é secretário de cultura do Espírito Santo



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